Cientistas delimitam região de cometa onde robô está
Medindo a distância entre o robô Philae e a sonda Rosetta, os pesquisadores conseguiram restringir as buscas futuras a uma área da superfície
Os pesquisadores da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) obtiveram mais pistas sobre a localização do robô Philae, que pousou no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko no dia 12 de novembro. Após quicar duas vezes na superfície do cometa, o módulo estacionou próximo de um penhasco, mas ainda não foi localizado precisamente pelos cientistas. As câmeras Osiris e Navcam, a bordo da sonda Rosetta, vem tentando encontrar o robô, mas ainda não tiveram sucesso.
Foi divulgada nesta sexta-feira, no entanto, uma estimativa do local de pouso a partir de dados de outro instrumento, o Consert, que auxilia na comunicação entre o Philae e a Rosetta, que orbita o cometa. Ele é utilizado para fazer uma espécie de “tomografia” na superfície: as ondas de rádio são transmitidas da sonda para o robô, e dele passam pelo interior do cometa. Os sinais voltam para o Philae, que o retransmite para a Rosetta. À medida que as ondas passam por partes diferentes do núcleo do cometa, ocorrem variações na amplitude e tempo de propagação, que podem ser usadas pelos pesquisadores para entender as propriedades do interior desse corpo celeste.
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Neste caso o Consert foi usado para ajudar a localizar o robô. Fazendo medições da distância entre Philae e Rosetta, os pesquisadores conseguiram delimitar uma área do cometa onde ele está, o que possibilita restringir as buscas futuras a essa região. Descobrir a localização do robô na superfície do cometa é importante para que os pesquisadores possam interpretar corretamente os dados enviados por ele à Terra.