Morre maestro italiano Claudio Abbado, aos 80 anos
Músico comandou a Filarmônica de Berlim de 1989 até 2002
O famoso maestro italiano Claudio Abbado, que dirigiu as principais orquestras do mundo, morreu nesta segunda-feira em Bolonha, norte da Itália, aos 80 anos. Abbado lutava contra um câncer no estômago há anos e seu estado de saúde piorou recentemente, motivo pelo qual a orquestra Mozart de Bolonha, dirigida por ele nos últimos anos, havia suspendido seus concertos há dez dias. Em dezembro, ele chegou a ser substituído na batuta devido ao seu delicado estado de saúde.
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Claudio Abbado nasceu em Milão, em 26 de junho de 1933, filho de pai violinista e professor de conservatório, e de mãe pianista. Em 1958, estreou como diretor em Trieste para passar depois ao Teatro de Scala de Milão, onde ocupou o cargo de diretor de 1968 a 1986, posto que manteve junto com a direção da Orquestra Sinfônica de Londres, de 1979 a 1989, e da Ópera do Estado de Viena, de 1986 a 1991.
O maestro substituiu Herbert von Karajan na direção da Filarmônica de Berlim, onde trabalhou de 1989 até 2002. Abbado é visto na Itália como revolucionário por seus projetos para levar música clássica a prisões e pediatrias de hospitais. Em 2010, ele dirigiu a Orquestra Juvenil Simón Bolívar, na Venezuela, e apadrinhou o jovem venezuelano Gustavo Dudamel.
Durante sua trajetória recebeu vários prêmios, como o título de Cavalheiro da Grande Croce italiana (1988) e a Cruz da Legião de Honra francesa (1989), além dos títulos honoris causa das Universidades de Ferrara, na Itália, e de Cambridge, no Reino Unido.
Abbado se tornou senador vitalício em agosto de 2013 por uma nomeação do presidente da Itália, Giorgio Napolitano. Em dezembro, renunciou ao seu salário parlamentar para dedicá-lo ao financiamento de bolsas de estudos para jovens músicos de uma escola da pequena cidade de Fiesole, comuna da região da Toscana.
(Com agências EFE e France-Presse)