Ai Weiwei é destaque na Bienal de Arte de Veneza
O artista chinês participa da exposição com três instalações, entre elas, a série que retrata seu cotidiano na prisão onde ficou mantido pelo governo chinês por 81 dias em 2011
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![Obra do artista britânico Jeremy Deller na Bienal de Veneza, na Itália. A exposição abre para o público em 1º de junho Obra do artista britânico Jeremy Deller na Bienal de Veneza, na Itália. A exposição abre para o público em 1º de junho](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/06/arte-bienal-veneza-italia-20130529-06-original.jpeg?quality=90&strip=info&w=620&w=636)
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O artista chinês Ai Weiwei, um dos grandes destaques da 55ª edição da Bienal de Arte de Veneza, não pode comparecer à abertura da mostra nesta quarta-feira. Desde 2011, ele cumpre prisão domiciliar na China. O governo o acusa de crimes fiscais e não permite que o artista saia do país. Mas Weiwei está em Veneza com com três de suas instalações – entre elas, a série que retrata os 81 dias que passou na prisão em seu país por ser considerado dissidente do regime comunista.
O trabalho tem chamado a atenção do público que lota a pequena e pouco conhecida Igreja de Sant’Antonin, que fica no bairro de Castello – área pouco turística de Veneza -, onde está montada a exposição de S.A.C.R.E.D. O significado do acrônimo, em tradução livre, é Super, Acusadores, Limpeza, Ritual, Entropia, Dúvida.
A exposição nomeia uma série que retrata a rigidez da polícia chinesa durante o confinamento de Weiwei. O artista foi representado por sua mãe, Gao Ying, na inauguração do espaço na igreja.
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Claustrofobia – Diante do altar maior, Ai Weiwei colocou seis paralelepípedos de chumbo com uma pequena abertura lateral e outra na parte de cima para permitir a observação de encenações das situações vividas pelo artista enquanto preso, com a utilização de pequenos bonecos de resina, também feitos por ele.
Em cada um destes claustrofóbicos e angustiantes espaços, o artista chinês recriou, de forma minuciosa, cada detalhe do quarto no qual ficou recluso – a sujeira, os produtos para limpar o banheiro, o vaso sanitário e até a esteira em que dormia.
Através da instalação, o artista mostra ter sido monitorado o tempo todo por dois policiais chineses que o acompanhavam durante o banho, o jantar, a hora de dormir e até no momento de ir ao banheiro.
Em outro espaço da Bienal de Veneza, o artista apresenta Straight, uma grande instalação montada com as barras de ferro dos colégios que desabaram no terremoto de Sichuan, em 2008.
O artista e dissidente chinês também participa, como convidado, do pavilhão da Bienal de Veneza dedicado à Alemanha, onde se pode ver uma exposição de sua famosa instalação formada por cadeiras.
A 55ª edição da Bienal de Veneza abre à visitação pública em 1º de junho. Nesta quarta-feira, a exposição foi visitada pela imprensa e alguns convidados.
(Com agência EFE)