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Vereadores da CPI dos Ônibus são xingados nas escadarias da Câmara

Desafiados pela Mídia Ninja a conversar com os manifestantes, professor Uoston e Chiquinho Brazão saíram da Câmara e foram recebidos aos gritos de 'ladrões'

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 ago 2013, 16h21

Os vereadores da CPI dos Ônibus, instalada para investigar suspeitas de irregularidades na licitação do transporte em 2010, acostumaram-se com as vaias e os gritos de ‘vergonha’ dos manifestantes que acampam do lado de fora da Câmara. Nesta sexta-feira, depois da reunião que definiu o novo cronograma da comissão, o relator da CPI, professor Uoston, do PMDB, recebeu mais uma leva de xingamentos quando foi às escadarias da Casa tentar conversar com quem protestava. A ideia do ‘diálogo’ foi da Mídia Ninja, que teve acesso liberado para acompanhar a reunião entre os integrantes da comissão. Ao fim do encontro entre os vereadores, os ninjas foram até Uoston e perguntaram se tinha coragem de ir ao lado de fora conversar com os manifestantes. Quando Uoston disse que sim, Chiquinho Brazão, o presidente da comissão, resolveu acompanhar.

“Quando chegamos lá, percebemos que não queriam conversa. Eles não querem falar com ninguém. Gritaram que eu era ladrão e disseram outras palavras de ordem. Perguntei ao ninja: ‘É esse o tipo de diálogo?'”, disse Uoston, que se retirou logo em seguida das escadarias. “Isso é injustiça, grosseria e barbaridade. Agridem e ficam como vítimas”, afirma.

O grupo de acampados na frente da Câmara pede a saída dos quatro vereadores da base aliada do prefeito Eduardo Paes, que não votaram a favor da instalação da CPI. Os quatro já disseram que não renunciarão. O quinto, que era o proponente da comissão, o vereador Eliomar Coelho, do PSOL, pediu para sair na quinta-feira. Um dia antes, na quarta, a juíza Roseli Nalin, da 5ª Vara da Fazenda Pública, negou o pedido dos vereadores de oposição do Rio para que a CPI dos Ônibus tivesse nova composição. A oposição argumentava na Justiça que esse bloco engloba 24 vereadores de sete partidos, e não a maioria dos 51 vereadores. A juíza, no entanto, entendeu que a proporcionalidade foi respeitada.

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A CPI ficou suspensa da sexta passada até a quarta-feira. Nesta sexta, ficou definido que as audiências públicas da comissão voltarão a acontecer às quintas-feiras pela manhã. Os próximos a serem ouvidos serão o procurador-geral do município, Fernando Dionísio, e um representante da Rio Ônibus.

Nova CPI – A oposição tenta criar nova CPI para investigar se houve irregularidades no repasse de verba da prefeitura ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Uma parcela do dinheiro, 50 milhões de reais, foi usada pelo executivo municipal para subsidiar as gratuidades dos alunos da rede municipal nos ônibus.

A iniciativa da CPI é do vereador do PSOL Renato Cinco. Mas, se aprovada, esbarrara no mesmo problema. Pela proporcionalidade, o maior bloco da Câmara, o ‘Por um Rio Melhor’, terá o direito de indicar os outros quatro integrantes.

Uoston é o líder do ‘Por um Rio Melhor’, composto de aliados do governo Paes, e é o responsável por dizer quem vai participar da CPI. “Se essa CPI for aprovada, a composição vai ser exatamente igual a essa. Imagina se indico o mesmo grupo ou outros quatro do mesmo bloco? Vai ser mais uma polêmica envolvendo o meu nome”, diz Uoston.

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