Thor Batista é condenado por morte de ciclista e terá de pagar R$ 1 milhão

Filho do empresário Eike ainda deverá prestar serviços comunitários durante dois anos. Ele também teve o direito de dirigir suspenso pelo mesmo período

Por Da Redação
5 jun 2013, 17h54

Thor Batista prestou depoimento em abril sobre atropelamento de ciclista (Estefan Radovicz/Agência O Dia/VEJA)

A Justiça condenou Thor Batista pelo atropelamento que matou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, em março do ano passado. O jovem deverá pagar 1 milhão de reais e ainda prestar serviços comunitários durante dois anos – pelo mesmo período, seu direito de dirigir permanecerá suspenso. A decisão é da juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias e foi divulgada nesta quarta-feira. O filho do empresário Eike Batista respondia por homicídio culposo (sem intenção). Seus advogados já informaram que vão recorrer.

Segundo a sentença, a pena deverá ser cumprida preferencialmente em uma instituição voltada à “recuperação de vítimas de acidentes de trânsito”. E de acordo com pedido do Ministério Público, a multa será destinada a uma entidade de atendimento a vítimas de acidentes. A juíza ainda se refere ao pai de Thor para justificar que o valor fixado não deve representar qualquer preocupação. “O réu é filho de um dos empresários mais ricos do mundo, com fortuna estimada em 19,4 bilhões de dólares”, destacou, lembrando a indenização que o jovem diz ter pago à família do ciclista logo após o acidente.

Leia: Thor diz ter dado R$ 300 mil à família do ciclista que matou

Em maio, o advogado da família da vítima disse que entraria com uma nova ação na Justiça, pedindo o pagamento de mais 500.000 reais. O motivo, conforme o advogado Cleber Carvalho Rumbelsperger, seria a quebra da cláusula de confidenciabilidade prevista no acordo firmado entre as partes. Ele afirma que Thor não poderia ter revelado a quantia acertada. Ainda há a possibilidade de o filho de Eike enfrentar um processo por danos morais. Rumbelsperger diz a divulgação do valor pago no acordo causou contrangimento perante outras pessoas da família, que precisariam de ajuda financeira.