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Tentativa de invasão interrompe sessão na Câmara do Rio

Nova confusão aconteceu quinze minutos depois de os vereadores aprovarem regime de urgência da votação do Plano de Cargos e Salários dos professores

Por Pâmela Oliveira e Cecília Ritto, do Rio de Janeiro
1 out 2013, 16h53

Os professores grevistas e outros manifestantes que estavam proibidos de entrar na Câmara de Vereadores para acompanhar a votação do Plano de Cargos e Salários conseguiram interromper a sessão por alguns minutos nesta terça-feira. Uma tentativa de invasão, por volta das 16h25, espalhou pânico pelo plenário. Fora do Palácio Pedro Ernesto, um grupo voltou a entrar em confronto com a Polícia Militar, que revidou mais uma vez com bombas de efeito moral.

Os estouros podiam ser ouvidos de dentro do prédio do Legislativo municipal. Uma parte da fumaça e do gás dos artefatos conseguiu atingir o local e ao menos seis vereadores abandonaram o plenário alegando falta de segurança. Entre eles estavam Eliomar Coelho e Jefferson Moura, do PSOL, e Brizola Neto, do PDT. O presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), pediu calma para evitar o esvaziamento da audiência.

Leia: Polícia usa bombas de efeito moral contra professores em greve

“Tentaram invadir a Câmara pelos portões laterais com marretas. O Batalhão de Choque atuou para evitar a invasão e parece que houve dispersão. As bombas que ouvimos foram com o propósito de impedir a invasão. Nesse sentido, daremos prosseguimento aos nossos trabalhos”, informou Felippe ao microfone, colocando fim à interrupção que durou cerca de cinco minutos.

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Outros funcionários deixaram o salão principal por dificuldades de respirar, devido ao gás lacrimogêneo. Policiais militares circulavam com máscaras de proteção dentro do prédio. Um segurança agiu com truculência para retirar uma assessora da Câmara que tentou se manifestar, e houve um princípio de briga entre ele e um guarda municipal. Também se envolveram na confusão Brizola Neto e Jefferson Moura, que saíram em defesa da mulher.

Urgência – Como aconteceu na noite de segunda-feira, mais uma vez um grupo mascarado e vestindo preto – integrantes do Black Bloc – assumiu o protagonismo do protesto dos professores. O tumulto começou quinze minutos depois de a maioria dos vereadores aprovar (por 33 votos a 12) o regime de urgência do Plano de Cargos e Salários dos professores – exatamente o contrário do que pediam os grevistas, que afirmam que a proposta beneficia menos de 10% da categoria.

Na terça-feira pela manhã, a presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, vereadora Teresa Berguer (PSDB), anunciou que temia “uma tragédia”, caso o regime de urgência fosse aprovado. “O risco é grande e a presidência da Casa deve agir com responsabilidade. Não se pode botar em risco a vida das pessoas. Neste momento, o palácio (Pedro Ernesto) não oferece segurança. A votação deve ser suspensa”, afirmou.

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Ela e outros vereadores da oposição pediram novamente o cancelamento dos trabalhos nesta terça. Segundo Moura, o grupo poderá acionar o Tribunal de Justiça (TJ) para suspender a validade da sessão. “Não há condições de dar prosseguimento”, declarou. A audiência acontece de forma extraordinária desde as 16 horas. Do lado de fora, a confusão era generalizada, e várias ruas do Centro da cidade precisaram ser interditadas. Em um grande cordão de isolamento, policiais militares caminhavam em direção aos manifestantes para afastá-los do entorno da Câmara de Vereadores.

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