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Romário vira protagonista de reunião com Teixeira e Valcke

Deputado federal perguntou sobre denúncias de corrupção e se irritou ao ter o tempo de fala reduzido pelo presidente da comissão

Por Gabriel Castro
8 nov 2011, 13h14

Na semana passada, o deputado Romário (PSB-RJ) havia prometido colocar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e o secretário-geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jérôme Valcke, “no lugarzinho deles”. Nesta terça-feira, em audiência na Comissão Especial da Copa do Mundo, ele se esforçou para cumprir a promessa – embora a avaliação do resultado seja subjetiva. O ex-jogador perguntou sobre escândalos de corrupção envolvendo a dupla e discutiu com o presidente da comissão, Renan Filho (PMDB-AL), por causa do pouco tempo dado para sua fala. Os primeiros pontapés do baixinho foram direcionados a Valcke: “O meu objetivo como brasileiro e deputado federal legitimado para estar aqui, diferentemente do senhor nessa sua função, é lutar até quando eu puder para que a Fifa não monte um estado dentro do estado”. Em seguida, ele mencionou uma carta de 2001 em que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, classifica o francês de “chantagista”. Apesar disso, dois anos depois, Valcke foi alçado a diretor de Marketing da entidade. “A Fifa teme o senhor”?, indagou Romário. O tetracampeão do mundo ainda citou um caso de corrupção envolvendo a Fifa e a Mastercard, no qual o secretário-geral foi investigado. O ex-jogador falou por três minutos até ser interrompido por Renan Filho. “Para concluir”, disse o presidente. “Como para concluir?”, rebateu Romário, irritado porque ainda tinha “seis ou sete perguntas para fazer”. “Mas apenas com mais um minuto eu não conseguirei”, treplicou o ex-atleta. Em seguida, o deputado emplacou suas perguntas para Teixeira e citou o episódio de pagamento de propina a dirigentes da Fifa nos anos 1990, que teria a participação de Teixeira. O caso ainda está aberto. “Se o seu nome aparecer no processo, o senhor renunciará à presidência da CBF e ao Comitê Organizador Local?”, indagou Romário. O baixinho ainda perguntou se o presidente da entidade confirmava as ameaças feitas em entrevista à revista Piauí, quando ameaçou rejeitar a credencial de imprensa de veículos que mostrassem irregularidades na CBF. Jérôme Valcke se recusou a comentar o caso Mastercard. Sobre a carta, disse nunca ter visto. A respeito das denúncias feitas pelo repórter da emissora inglesa BBC Andrew Jennigns, que tem mostrado irregularidades na gestão da FIFA, justificou: “Jennings fala isso há dez anos, vai continuar falando disso. Não vou deixar de dormir por isso”. Na sua vez, Ricardo Teixeira, em poucas palavras, negou que tivesse poder de cassar credenciais de imprensa para a Copa do Mundo e não se aprofundou sobre outros assuntos. Renan Filho havia lembrado que os convidados não precisavam responder sobre assuntos que não tivessem ligação com a Lei Geral da Copa, tema da audiência pública. Romário ficou insatisfeito com as respostas evasivas: “Isso aqui virou um circo”. Diante da insistência do ex-jogador em usar a palavra fora do tempo, alguns colegas protestaram. Antes de cortar Romário pela última vez, Renan Filho sentenciou: “Assim não teremos mais reunião”.

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