PM mantém 5 pessoas presas após protestos
Governador do estado afirmou que vandalismo "extrapolou todos os limites" e que os responsáveis serão punidos; oito pessoas ficaram feridas
Após a atuação do Black Bloc em protesto de alunos e professores no centro de São Paulo, na noite desta segunda-feira, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que cinco pessoas continuavam presas no 3º DP, em Santa Cecília, no Centro, na manhã desta terça – três delas por furto. Segundo informações da SSP, catorze pessoas foram detidas nos protestos — nove liberadas em seguida.
De acordo com a PM, seis soldados e duas pessoas que estavam na manifestação ficaram feridos. A PM constatou depredações em ao menos nove bancos da região central, nas Avenidas Rio Branco, Duque de Caxias e Ipiranga. Também foram alvos do vandalismo outros dezesseis pontos dessas vias, entre agências bancárias, mercados, lojas, um hotel e até uma viatura da PM.
As pilastras do Museu de Arte de São Paulo (MASP), que fica na Avenida Paulista, amanheceram pichadas nesta terça-feira. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o vandalismo que aconteceu na noite desta segunda “extrapolou todos os limites”. “Isso afasta manifestações legítimas como as que ocorreram em julho. É um absurdo verdadeiro”, comentou o governador nesta manhã.
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Alckmin afirmou que há um tenente da Polícia Militar com uma fratura no rosto, causada pelo arremesso de uma “bola de aço”. “É inaceitável. Todos serão identificados e irão responder por esses fatos. Eles vão responder por depredação ao patrimônio público, privado, além de lesão.”
Durante evento na manhã desta terça-feira, Alckmin foi questionado se acontecimentos como os da última noite demonstram fraqueza da polícia e qual a orientação dada aos policiais. “A polícia está agindo e vai agir com rigor na defesa da lei, na proteção das pessoas. É preciso separar manifestação legítima, em que a polícia protege os manifestantes para que eles possam exercer sua liberdade de expressão. Outra coisa é vandalismo, depredação, isso é inaceitável”, respondeu.
O governador não respondeu se defende maior rigor na operação policial e maior punição de manifestantes que agirem com vandalismo, se restringindo a comentar que o trabalho de investigação da polícia está sendo feito e que a orientação é para a polícia proteger os manifestantes e “garantir o direito de livre manifestação”.
(Com Estadão Conteúdo)