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Paralisação de policiais terá adesão de 14 Estados e do DF

Polícia Civil do Maranhão decidiu se juntar ao movimento. Mobilização mais intensa é esperada em Brasília, onde haverá passeata às 14h

Por Pollyane Lima e Silva
20 Maio 2014, 20h16

Com a adesão dos policiais civis do Maranhão, em assembleia realizada nesta terça-feira, estão confirmados catorze Estados, mais o Distrito Federal, na paralisação nacional das polícias, nesta quarta-feira. A decisão foi tomada mesmo sem o apoio da liderança do sindicato local, que preferia resumir a participação a uma passeata. Até as 20h, a convocação feita para todas as forças policiais do país tinha efeito principalmente sobre as instituições civis – PF e PM são proibidas de aderir a paralisações. As decisões sobre a forma de participação são dos sindicatos locais. “Cada unidade decidiu seu movimento, nós não interferimos”, disse ao site de VEJA Jânio Bosco Gandra, presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) – que convocou a paralisação.

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No Distrito Federal, uma votação unânime de cerca de 2.000 policiais decidiu pela participação no ato. Brasília deve concentrar a maior mobilização da categoria, calcula Gandra, que espera de 8.000 a 10.000 pessoas em uma passeata, com concentração marcada para as 14h, em frente à Biblioteca Nacional. De lá, eles caminham até o Palácio do Planalto, onde pretendem protocolar um documento de reivindicações. “Receberemos apoio de comitivas de Goiás e de algumas regiões de Minas Gerais”, acrescentou o presidente da Cobrapol.

Os outros Estados com paralisação confirmada são: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Amazonas, Pará, Paraíba, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rondônia, Bahia e Pernambuco. Por meio de nota, a Delegacia Geral de Polícia Civil de São Paulo afirmou que está em “processo de ampla negociação com os representantes das entidades de classe” para tentar evitar a paralisação. “Não estão sendo poupados esforços”, enfatizou. Mas a categoria se mantinha a firme na decisão até o início da noite. No Rio, os grevistas se reúnem na Cidade da Polícia, na Zona Norte, e seguem até o bairro da Tijuca, onde realizam uma nova assembleia.

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Mascarados – Gandra enfatiza que todos os atos serão pacíficos, com a única intenção de pressionar o governo federal a criar uma política nacional de segurança pública. É pouco provável que mascarados como os black blocs compareçam – afinal, como mostraram manifestações recentes, grupos radicais mostram-se contra a polícia e os policiais, de forma geral. Mas caso haja adesão de grupos violentos, a decisão sobre a postura dos manifestantes já está tomada. “Serão presos”, garantiu Gandra, que diz ter recebido do Ministério Público Federal uma notificação por ter convocado a mobilização. “O documento diz que estou incitando um movimento que pode terminar em tumulto. Não é nada disso. Somos ‘white blocs’, pessoas de bem que querem o melhor para o país”, completou.

A Cobrapol garante pelo menos 30% do efetivo trabalhando – mínimo exigido por lei -, mas reforça que apenas serviços considerados emergenciais serão mantidos durante a quarta-feira, como registros de flagrantes em delegacias. Em casos de ocorrências comuns, como furto ou perda de documentos, a confederação aconselha que o registro seja feito pela internet ou a partir do dia seguinte (quinta). A confecção de carteiras de identidade também ficará suspensa durante as 24 horas de paralisação. Já os atendimentos em Institutos Médicos Legais (IMLs) serão mantidos normalmente.

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Rio – As autoridades do Rio de Janeiro tentam minimizar o impacto da paralisação. “É importante ressaltar que a população não precisa se preocupar com riscos à segurança pública. Não há possibilidade consistente de uma adesão coletiva por parte das polícias a ponto de prejudicar o ambiente no Estado”, garante o subsecretário de Grandes Eventos, Roberto Alzir. Em comunicado, a Chefia da Polícia Civil chama o movimento de “inadequado” e diz que “acredita no bom senso da categoria para manter o canal de negociação aberto, assegurando a evolução das discussões”. O comandante-geral da PM, José Luís Castro Menezes, diz que não existe “nenhuma real ameaça de greve”. Enquanto isso, nas redes sociais, agentes cariocas compartilham uma ilustração do Batman, sugerindo que a população recorra a ele no caso de alguma emergência nesta quarta.

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Policiais compartilham imagem sugerindo que a população recorra ao Batman, em dia de paralisação nacional
Policiais compartilham imagem sugerindo que a população recorra ao Batman, em dia de paralisação nacional (VEJA)
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