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Policiais civis ameaçam fazer protestos durante a Copa

Confederação avalia como positiva a mobilização desta quarta e descarta nova paralisação, mas avisa que pode voltar a se mobilizar caso os governos não atendam reivindicações. Um dos pedidos é a formação de um grupo de trabalho com o Ministério de Justiça

Por Pollyane Lima e Silva e Daniel Haidar
21 Maio 2014, 20h28

A paralisação nacional de 24 horas dos policiais civis, que teve início à 0h desta quarta-feira, foi avaliada como “positiva” pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), de onde partiu a convocação aos sindicatos. Ainda assim, a categoria não descarta a possibilidade de realizar novos atos – inclusive protestos – durante a Copa do Mundo, que começa no próximo dia 12 de junho. Tudo depende de como os governos, principalmente o federal, vão reagir às reivindicações dos agentes. A principal exigência das categorias envolvidas é que o país tenha uma “política nacional de segurança pública”.

“Nossa posição está dada. O governo sabe o que queremos, e este foi o primeiro alerta. Se não formos chamados a compor um grupo de trabalho com o Ministério da Justiça, faremos o segundo movimento, o terceiro, quantos acharmos necessários, para mostrar à imprensa e à população a situação calamitosa na qual se encontra a segurança pública do país”, disse ao site de VEJA o presidente da Cobrapol, Jânio Gandra. Ele ressalva, porém, que novas paralisações estão descartadas. “Entendemos que não seria correto. Os turistas que estão chegando ao país para curtir o evento não têm culpa”, afirma.

A adesão à paralisação desta quarta foi abaixo do esperado – as confirmações recebidas de quinze Estados se converteram em dez, na prática, mais o Distrito Federal – mas nada que enfraquecesse o movimento, garante Gandra. “Nosso objetivo principal era que os governos abrissem uma oportunidade de diálogo, e isso aconteceu mesmo em locais que não participaram da paralisação. É uma vitória.”

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Policiais do Rio protestam para ter imprensa em reunião

Rio de Janeiro – A promessa de uma reunião com o governador, Luiz Fernando Pezão, e o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, na manhã de quinta-feira, não acalmou os ânimos dos agentes do Rio de Janeiro, que consideram até voltar a cruzar os braços – inclusive durante o Mundial. “Nossa interpretação é de que o Estado quer ganhar tempo para não atender nossas reivindicações e jogar a opinião pública contra a gente, alegando que somos oportunistas. Quem quer, faz agora. Quem não quer, enrola. A verdade é essa”, afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol), Francisco Chao.

Ele afirma que já estava acertado com o governo a incorporação de uma gratificação de 850 reais ao salário-base dos agentes – principal demanda da classe no Rio. No fim do mês de abril, porém, Pezão pediu que eles esperassem até 15 de maio e, nesta data, prometeu uma solução em 10 de junho, ainda de acordo com o sindicalista. O governador chegou a afirmar, na terça-feira, que já havia dado um aumento à categoria acima da inflação, e que eles não receberiam novo benefício. Nesta quarta, ele recuou e, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que “ainda não sabe o que poderá ser feito, mas está dialogando e analisando as possibilidades”.

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