Ministério Público denuncia invasores da reitoria da USP
Grupo de 72 pessoas pode responder por crimes de formação de quadrilha, posse de explosivos e dano ao patrimônio. Penas podem chegar a sete anos
O Ministério Público de São Paulo denunciou 72 pessoas – a maioria delas estudantes – pela invasão da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), em novembro de 2011. Se a denúncia for acolhida pela Justiça, o grupo vai responder pelos crimes de formação de quadrilha, posse de explosivos, dano ao patrimônio público, desobediência judicial e pichação. Somadas, as penas podem render até sete anos de prisão.
As 72 pessoas foram presas em flagrante pela Polícia Militar durante a reintegração de posse da reitoria em 8 de novembro de 2011. O grupo passou um dia na cadeia e foi libertado após o pagamento de uma fiança estipulada em 39 mil reais – 545 reais por pessoa.
Após a invasão dos estudantes, a PM encontrou paredes pichadas, móveis quebrados e sete coquetéis molotov no local. As bombas estavam em sacos plásticos dentro do bloco L do edifício, prontos para serem usados. Ao lado dos artefatos explosivos, foram encontrados isqueiros, litros de gasolina e rojões.
Relembre o caso – O grupo de estudantes invadiu a reitoria em protesto contra a presença da PM na universidade. O estopim da confusão foi a detenção de dois alunos que foram pegos pela polícia fumando maconha dentro do campus. A PM começou a patrulhar a Cidade Universitária em setembro de 2011, depois de um aluno de Ciências Atuariais ter sido morto no estacionamento da faculdade em maio. A presença da PM no local foi aprovada pelo Conselho Gestor da universidade em maio.
(Com Estadão Conteúdo)