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Laudo sobre morte no Hopi Hari aponta falha humana

Gabriella Nichimura, 14 anos, caiu de uma altura de aproximadamente 20 metros, do brinquedo La Tour Eiffel

Por Da Redação
13 abr 2012, 19h38

O Instituto de Criminalística (IC) de Campinas (SP) entregou à Polícia Civil e ao Ministério Público de Vinhedo nesta sexta-feira laudo com informações conclusivas sobre a perícia feita no parque de diversões Hopi Hari, após o acidente que matou a adolescente Gabriella Nichimura, de 14 anos, no dia 24 de fevereiro. Segundo o promotor Rogério Sanches, o laudo entregue à Promotoria aponta falha humana e indica que a trava da cadeira que a menina ocupou estava solta. “Não há nada de novo ou que mude o curso do que temos até agora. O laudo só reforça tudo o que já foi falado e divulgado”, afirmou Sanches.

Gabriella caiu de uma altura de aproximadamente 20 metros, do brinquedo La Tour Eiffel, um elevador com 69,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares. A garota morava no Japão e passava férias no Brasil. Após a família mostrar uma fotografia à polícia e à Promotoria ficou claro que Gabriella sentou-se em uma cadeira que não poderia ter sido utilizada, pois estava inativa.

Durante as oitivas, o delegado recebeu informações de que os cinco operadores do brinquedo notaram que, naquele dia, a trava que sempre esteve fechada para impedir que o assento fosse usado podia ser aberta. Eles teriam avisado um superior e recebido a ordem de continuar as atividades até que alguém da manutenção chegasse à atração para resolver o problema.

O laudo do IC era a peça que faltava para a conclusão do inquérito conduzido pelo delegado de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior. Após ouvir 15 testemunhas entre funcionários de operação, manutenção, gerência e diretoria do parque, além de parentes da vítima e visitantes do Hopi Hari naquele dia 24, Noventa Júnior deve terminar seu trabalho até a próxima semana. O delegado não foi localizado nesta sexta-feira para comentar o laudo.

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O promotor Rogério Sanches disse que deve denunciar mais de uma pessoa por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), mas que vai aguardar o término do inquérito policial e juntar as informações do IC, da polícia, do Ministério Público do Trabalho e de inquérito civil conduzido pela promotora de direito do consumidor de Vinhedo, Ana Beatriz Sampaio Silva Vieira. “Há uma sequência de erros e provas por meio de depoimentos, documentos e laudos”, disse o promotor, que terá 15 dias após receber o inquérito para apresentar a denúncia.

O advogado do Hopi Hari, Alberto Toron, afirmou que o laudo reitera também a tese do próprio parque. “O Hopi Hari sempre falou em uma sucessão de falhas humanas, portanto, o laudo não traduz novidades”. O diretor do IC, Nelson Patrocínio da Silva, não foi localizado pela reportagem nesta sexta-feira, mas disse anteriormente que não comentaria o teor do documento.

(Com Agência Estado)

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