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Investigada por tráfico de influência, chefe de gabinete do procurador eleitoral do Rio é exonerada

Advogada teve celular funcional apreendido. Ela e a ex-sócia são suspeitas de cobrar honorários de clientes para interferir em falsas investigações policiais

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
10 jun 2014, 17h25

A chefe de gabinete do Procurador Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Paulo Roberto Bérenger, foi exonerada nesta terça-feira. A advogada Luísa Velasco ocupava o cargo há um ano e é investigada por suspeita de ter cometido os crimes de estelionato, falsificação de sinal público, tráfico de influência e formação de quadrilha. De acordo com investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, Luísa e uma sócia, Valesca Rodrigues, induziram clientes a acreditar que existiam investigações policiais contra eles no Ministério Público Federal, na Polícia Federal e na Polícia Civil.

O telefone funcional da ex-chefe de gabinete foi apreendido e foi lacrado o computador utilizado por ela, para ser submetido a perícia. Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Luísa e nos endereços comerciais e residenciais da ex-sócia. Valesca Rodrigues foi presa temporariamente. Pelo menos dois médicos, clientes de Valesca, foram cobrados a efetuar pagamentos para interferir em decisões ou como remuneração de honorários advocatícios de serviços que não existiriam.

Bérenger informou que soube da operação antes de participar de seminário organizado pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) para jornalistas. Ele ressaltou que os fatos investigados não foram cometidos durante o período em que Luísa ocupou cargo na PRE do Rio. De acordo com o procurador, ela era uma das três assessoras que ocupavam cargo comissionado em seu gabinete. Emitir pareceres jurídicos era uma de suas funções.

“Ao longo do período em que esteve na Procuradoria, ela era uma funcionária dedicada e se comportou bem”, disse Bérenger.

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O procurador Sérgio Pinel Dias, responsável pelas investigações, ressaltou que os crimes foram cometidos antes do ingresso da advogada no Ministério Público e que a prisão da ex-sócia foi determinada para permitir que os crimes sejam apurados “em toda sua extensão”.

“Em princípio, os fatos não têm qualquer relação com as funções exercidas por Luisa no Ministério Público Federal, por terem sido anteriores ao seu ingresso no órgão. A prisão da advogada, a exoneração da servidora e a efetivação das buscas permitirão que o Ministério Público e a polícia apurem os crimes em toda sua extensão”, afirmou o procurador da República Sérgio Luiz Pinel Dias, responsável pelos pedidos de prisão e de busca.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam se há mais vítimas e se outras pessoas ajudaram as advogadas a cometer crimes. Em comunicado, o MPF informa que vítimas do mesmo golpe podem procurar a Delegacia Fazendária da Polícia Federal no Rio.

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