Haddad, o pré-candidato, diz que é administrador
Com o padrinho Lula a tiracolo, ministro da Educação cumpriu agenda nesta sexta-feira, em São Paulo; ele visitou feira de literatura e participou de debate
O ministro da Educação, Fernando Haddad, fez uma sequência de aparições como pré-candidato à prefeitura de São Paulo, nesta sexta-feira. Ele tentou mostrar mais desenvoltura e se apresentar também como um gestor público.
Na tarde desta sexta-feira, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Haddad visitou uma feira de literatura infanto-juvenil com o padrinho ex-presidente Lula. Eles chegaram separados, como se o ministro e o ex-presidente tivessem agendas distintas, com uma diferença de 30 minutos. Logo seguiram juntos, com Lula apresentando o evento ao ministro.
No início da noite, Haddad participou de um encontro na Vila Formosa, zona leste paulista, junto com os outros pré-candidatos do PT, os senadores Eduardo e Marta Suplicy e os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zaratini.
Se em São Bernardo Haddad disse estar entrando em ritmo de campanha, na zona leste tentou mostrar que possui experiência administrativa. Em sua fala de quinze minutos, diante de cerca de 150 petistas, ele lembrou que está há oito anos no governo federal, onde atuou como administrador público.
Diante dos moradores, que reclamaram da falta de hospitais e postos de saúde, Haddad citou que, como ministro da Educação, é responsável por 46 hospitais universitários. E criticou as administrações de hospitais públicos que defendem a ideia de “privatizar” 25% dos leitos aos planos de saúde. Depois de sua fala, Haddad saiu para uma reunião de campanha.
Modelo – O senador Eduardo Suplicy, em um discurso mais longo, pregou um novo modelo de transparência na Câmara de vereadores. O deputado federal Jilmar Tatto defendeu uma maior aproximação do PT com a classe média, seguindo a tese de Lula, que quer uma aproximação com um eleitor que está distante do partido.] Pré-candidato, Carlos Zaratini deu mais ênfase às prisões no ministério do Turismo. “Quiseram linchar a senadora Marta (Suplicy)”, citando o ex-presidente da Embratur, Mário Moysés, preso na terça-feira, e que atuou com a senadora, no período em que ela ocupou a pasta do Turismo.
A senadora foi a mais aplaudida dos presentes. Em sua fala, deu ênfase às críticas ao PSDB e à administração do prefeito Gilberto Kassab. “Eles só terminam algo quando há cobrança popular”, disse, prometendo buscar melhorias em saúde.