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Grupo planeja causar blecaute durante a Copa do Mundo

Campanha pelo Facebook tenta convencer população a ligar aparelhos durante os jogos para causar sobrecarga e apagão nos Estados

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
10 abr 2014, 12h17

Ser contra a Copa do Mundo é um direito. Querer impor sua vontade à maioria, promovendo danos ao país, como em manifestações violentas, é atentar contra a democracia. É nessa categoria que deve ser enquadrada uma campanha que começa a se espalhar pelas redes sociais, com a adesão do mesmo grupo de pessoas que apoiou a ação dos black blocs e todo tipo de protesto violento desde junho do ano passado. O objetivo é tentar forjar um blecaute nos dias de partidas da competição. Como? Convencendo a população a ligar o máximo de equipamentos elétricos de alto consumo, como chuveiros, aparelhos de ar-condicionado e ferros elétricos para causar uma sobrecarga capaz de prejudicar a distribuição de energia.

A ideia parece estúpida – e é. Afinal, só alguém com dinheiro e tempo de sobra vai se arriscar a gastar mais com a conta de luz só para “ver se o apagão acontece”. Mas o perigo oculto é real. Existe, no momento, um grupo seriamente comprometido a causar danos em escala nacional durante a Copa. A preocupação com distribuição de água e energia, assim como os serviços de telecomunicação, está no planejamento de segurança do evento. De acordo com o coronel Júlio César Teixeira, subchefe do Estado-Maior Conjunto de Coordenação de Defesa de Área, subestações de energia do estádio do Maracanã, do Metrô, do Centro de Mídia, no Riocentro, e de estações da Cedae estão entre as estruturas que merecem atenção. A novidade é a intenção terrorista propagada pelo Facebook.

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“Nossa preocupação é evitar a interrupção do funcionamento de estruturas que possam interferir na realização do evento. No Rio, o risco maior está nas manifestações. Mas também precisamos monitorar estruturas que, em caso de falha, podem interferir no evento”, disse o coronel Júlio Cesar Teixeira ao site de VEJA. De acordo com o coronel, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitora, analisa riscos e repassa as informações para embasar a ação das Forças Armadas durante a Copa. As usinas de Angra dos Reis, por exemplo, terão segurança reforçada por tropas federais preventivamente, devido à distância e à dificuldade de acesso.

Campanha – Em uma página do Facebook, que convoca para o evento “Operação Blackout na Copa”, há a seguinte mensagem: “A carga elétrica anormal derrubará a energia em bairros, cidades, regiões, estados e no país inteiro, em efeito dominó”. A página lista os dias e horários dos jogos e orienta os internautas a acompanharem o jogo através dos rádios para que o boicote seja sincronizado e, desta forma, tenha maior probabilidade de provocar o apagão. O primeiro protesto foi marcado para 12 de junho, às 17h, durante o jogo de estreia da Copa, entre Brasil e Croácia, no Itaquerão, em São Paulo.

A página, criada no dia 10 de fevereiro e curtida por mais de 2.500 internautas, mostra os percentuais de adesão que seriam necessários para provocar o blecaute no país. “Cabe a cada um que resolver por participar convidar todos seus os amigos de face. Só depende de cada um fazer sua parte”, informa a página. É caso de polícia.

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