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Contra protestos, Rio terá central de escoltas na Copa

Esquema envolve Centro de Operações da prefeitura, aeronaves e agentes espalhados pela cidade para evitar que delegações fiquem presas no trânsito. Episódio com o papa Francisco é o 'mico' a ser evitado

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
7 abr 2014, 12h16

O risco de protestos durante a Copa do Mundo no Rio de Janeiro – onde haverá sete partidas, entre elas a final do torneio – levou as Forças Armadas a montar um esquema especial de escoltas para as delegações. Com uso de aeronaves, agentes em pontos específicos, batedores e conexão com o Centro de Operações da prefeitura, a Central de Escoltas está preparada para orientar deslocamentos de forma a evitar manifestações, congestionamentos e obstruções de vias. Pelo menos doze seleções transitarão na cidade: quatro ficarão concentradas no Rio (as do Brasil, Inglaterra, Holanda e Itália) e outras oito (Rússia, Bélgica, Bósnia, Argentina, França, Equador, Chile e Espanha) disputarão jogos na primeira fase da Copa do Mundo na cidade. O número de autoridades ainda não foi divulgado, assim como o de homens envolvidos nas escoltas.

De acordo com o coronel Júlio César Teixeira, subchefe do estado Maior Conjunto de Coordenação de Defesa de Área, para cada deslocamento das seleções foram criadas pelo menos duas rotas – a principal e uma ou mais opções. Minutos antes de cada delegação deixar o hotel em direção ao estádio, os operadores da Central de Escoltas verificarão as condições de cada um dos trajetos disponíveis e indicarão o melhor percurso. “Não há número fixo de rotas para cada delegação. Isso depende não só da distância a ser percorrida, mas principalmente do país que cada seleção representa. Há seleções, como a dos Estados Unidos, que têm grau de risco maior e terão mais opções de percurso”, disse o coronel.

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Tumulto na chegada do papa Francisco no Rio de Janeiro
Tumulto na chegada do papa Francisco no Rio de Janeiro (VEJA)

Papa – Ninguém admite, mas parte da preocupação com as escoltas é motivada por uma falha no esquema de segurança do papa Francisco, no dia 22 de julho, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Na ocasião, o carro que transportava o pontífice ficou preso em um engarrafamento na pista lateral da Avenida Presidente Vargas e foi cercado por dezenas de fiéis. A cena do veículo, com os vidros abertos, preso entre ônibus e fiéis, foi transmitida para todo o mundo e criticada por especialistas, que foram categóricos ao afirmar que o pontífice foi exposto a riscos.

Pontos considerados estratégicos para a realização dos jogos serão monitorados pelas Forças Armadas e policiais durante a Copa do Mundo. De acordo com o coronel Teixeira, subestações de energia do estádio do Maracanã, do Metrô, do Centro de Mídia, no Riocentro, além de estações da Cedae, estão entre as estruturas que merecem atenção. “Nossa preocupação é evitar a interrupção do funcionamento de estruturas que possam interferir na realização do evento. No Rio, o risco maior está nas manifestações. Mas também precisamos monitorar estruturas que, em caso de falha, podem interferir no evento”, disse o coronel.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitora, analisa riscos e repassa as informações para embasar a ação das Forças Armadas durante a Copa. As usinas de Angra dos Reis, por exemplo, terão segurança reforçada por tropas federais preventivamente, devido à distância e à dificuldade de acesso.

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Favelas – O risco de conflitos com criminosos em favelas também é monitorado. Pelo menos em uma área está certa a participação das Forças Armadas. O contingente de 2.500 militares do Exército e da Marinha que ocupará o Complexo da Maré – conjunto de 15 favelas, onde vivem cerca de 130.000 pessoas – deve permanecer na região pelos próximos quatro meses, até 31 de julho, com possibilidade de extensão do prazo.

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