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Governo manobra para evitar derrota em projeto de criação de municípios

Deputados e senadores iriam analisar os vetos presidenciais à criação de 188 novos municípios, mas a base aliada deixou o plenário antes do início da sessão

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 fev 2014, 22h53

Diante do risco de ser derrotado na votação dos vetos presidenciais ao projeto de criação de novos municípios, o governo comandou nesta terça-feira uma ação para esvaziar o Congresso Nacional e ganhar tempo para buscar um acordo com os congressistas sobre essa regulamentação. A sessão conjunta entre Câmara e Senado tinha quórum suficiente para analisar o veto presidencial ao tema, mas o PT convocou uma reunião da base aliada e reduziu o número de parlamentares em plenário. Agora, cabe ao presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) convocar a retomada da discussão.

A presidente Dilma Rousseff vetou em novembro de 2013 o projeto que permitia a criação de 188 novos municípios – proposta que tramitou ao longo de onze anos e foi aprovada no fim do ano passado. O texto determina critérios para a fusão, incorporação, criação e desmembramento de cidades. O governo argumentou que vetou a proposta com base em análise feita pelo Ministério da Fazenda, que aponta risco de desequilíbrio nos cofres públicos. A estimativa é que a implementação da máquina administrativa das novas prefeituras custe 9 bilhões de reais mensais.

Leia ainda: Novos municípios: riscos são maiores do que os benefícios

Diante do descontentamento dos congressistas com o veto, o governo enviou na noite desta terça-feira projeto de lei que visa regulamentar a criação de municípios e flexibiliza as regras para o Norte e o Centro-Oeste. Já para o Sul e o Sudeste, os critérios são mais rigorosos. Com o texto alternativo, o Planalto espera a manutenção dos vetos. “A matéria foi esvaziada por obra do governo, que inventou pretexto de última hora para desestimular e impedir que tomassem alguma decisão”, criticou o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP).

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A discussão da matéria é suprapartidária e envolve interesses estaduais. Mas revela, também, o desgaste entre o governo e o PMDB, principal aliado dos petistas. O líder do partido na Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já havia anunciado que votaria contra todos os vetos a projetos que a legenda apoiou em plenário – inclusive a criação de municípios.

Nesta terça, o presidente da legenda, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), também defendeu a derrubada do veto: “Depois de onze anos de discussão do projeto, que foi acordado com as lideranças do governo, será que não temos o direito de criar mais municípios num país de dimensões continentais como é o nosso?”, questionou ele, em plenário. “É muito melhor ser um município pobre do que ser um distrito de um município rico”, argumentou Raupp.

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