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Pelo menos cinco empresas da mesma família estão envolvidas no esquema de sonegação

Paulo Sérgio França Cavalcanti, filho de Paulo Sérgio Costa Pinto, é dono da Aco Participações e da Transquim Transportes de Produtos Químicos

Por Bruno Abbud
19 ago 2011, 23h11

Nesta sexta-feira, veio à tona o nome de mais três empresas investigadas pela Operação Alquimia, desencadeada nesta quarta-feira pela Polícia Federal. Além da Sasil, do empresário Paulo Sérgio Costa Pinto Cavalcanti, e da Triplex, de Ismael César Cavalcanti Neto, irmão de Costa Pinto; a Acqua Service Produtos Químicos, a Aco Participações e a Transquim Transportes de Produtos Químicos estão envolvidas no esquema de sonegação fiscal.

Ismael também é o dono da Acqua Service e seu sobrinho, Paulo Sérgio França Cavalcanti, filho de Costa Pinto, é o proprietário das outras duas companhias. As investigações da PF envolvem pelo menos mais 295 empresas. Em março de 2010, tio e sobrinho deram início a uma batalha judicial para definir as posses de cada um em algumas sociedades. A desavença dos sócios perdura na Justiça. Uma fonte da PF informou ainda que França Cavalcanti é responsável por administrar as empresas do pai ─ entre elas a Sasil.

Ismael permanece numa penitenciária em Salvador. Ele foi um dos destinatários dos 23 mandados de prisão cumpridos por agentes da PF nesta quarta-feira.

O empresário Pauilo Sérgio Costa Pinto Cavalcanti, da Sasil, usava firmas de fachada registradas em nome de “laranjas” para beneficiar-se. As companhias compravam lotes de resina termoplástica sem pagar impostos e os repassava para a Sasil. Quando a Receita Federal aparecia para cobrar a dívida, as empresas fantasmas decretavam falência. Como a lei impede a dupla tributação sobre os produtos, a Sasil permanecia livre dos tributos. Costa Pinto continua foragido na Europa. Gamil Föppel, advogado do empresário, não quis atender à reportagem do site de VEJA.

O inquérito da Operação Alquimia foi aberto em 29 de setembro de 2002, depois que a Polícia Federal descobriu a Zwrox ─ empresa de fachada instalada em Juiz de Fora, Minas Gerais. Por isso, a operação nasceu de mandados assinados por um juiz mineiro, Bruno Savino, da 3ª Vara Federal da subseção de Juiz de Fora. Com 22.000 páginas, o inquérito está na delegacia da PF da cidade mineira, informou o delegado Marcelo Eduardo Freitas, que coordenou a Operação Alquimia. Embora seja espetacularmente extenso, as páginas não incluem informações provenientes de grampos telefônicos. “Não houve escutas telefônicas porque não julgamos necessário”, disse Marcelo, que é lotado em Montes Claros, cidade de 362 mil habitantes em Minas Gerais. As milhares de páginas também estão gravadas em DVDs que foram distribuídos entre os advogados das partes.

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Confira as imagens da Operação Alquimia

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