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Dilma anuncia liberação de R$ 2,1 bilhões para o ABC

Presidente afirmou em programa de rádio que royalties do pré-sal proporcionarão 112 bilhões de reais para a saúde e a educação em dez anos

Por Felipe Frazão 19 ago 2013, 12h56

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira a liberação de 2,1 bilhões de reais para os sete municípios do ABC Paulista. Os recursos serão aplicados nas áreas de mobilidade urbana, habitação, infraestrutura, remoção e contenção de encostas. Desse total, 793 milhões de reais serão investidos na criação de 134 quilômetros de corredores de ônibus na região. Dilma veio ao estado nesta manhã e participa de evento em São Bernardo do Campo, município do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e administrado pelo petista Luiz Marinho.

Durante o evento, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, detalhou que, além da verba para mobilidade, serão investidos 644 milhões de reais para habitação, com a construção de 8.500 unidades habitacionais, 542 milhões de reais para obras de infraestrutura e 104 milhões de reais para contenção de encostas e remoção de famílias de áreas de risco.

Na chegada a São Paulo, a presidente concedeu entrevista à rádio Brasil Atual e comemorou a aprovação no Congresso do projeto que destina o dinheiro dos royalties do petróleo à educação. “Somos adeptos do diálogo e parceria, especialmente com o Congresso. Vamos pegar os recursos e colocar na educação”, disse.

Segundo ela, os recursos do pré-sal para a educação começam com 1,4 bilhão de reais em 2014, devem saltar para 3 bilhões de reais em 2015 e para 6 bilhões de reais em 2016, chegando a 13 bilhões em 2018. “O ambiente político que se criou no Brasil após as manifestações [de junho] ajudou muito.”

O assunto foi tema do programa de rádio Café com a Presidenta na edição desta manhã. Dilma garantiu, no programa, que sancionará a nova lei nos próximos dias. A regra destina 75% dos recursos dos royalties do petróleo para investimentos em educação e mais 25% para a saúde; além de direcionar 50% do Fundo Social para a educação.

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“Para você ter uma ideia, apenas a parte dos royalties do petróleo significa 112 bilhões de reais a mais para financiar a educação e a saúde nos próximos dez anos. Esses 112 bilhões de reais são apenas os recursos decorrentes do petróleo que já foi descoberto ou que já está sendo extraído. Como nós vamos continuar a descobrir e a explorar cada vez mais, este valor pode subir na medida em que vamos abrindo novas licitações, colocando novas áreas para a exploração do petróleo”, destacou Dilma.

Agradecimento – Na mensagem, a presidente aproveitou para azeitar a relação com os parlamentares, agradecendo pela aprovação da nova lei. “Quero aproveitar o ‘Café’ de hoje para fazer um agradecimento especial ao Congresso Nacional, que aprovou este projeto”, declarou Dilma. “Nossos senadores e deputados aperfeiçoaram e votaram a proposta que sempre defendi e que meu governo enviou ao Congresso, para que as riquezas do petróleo, que são finitas e um dia acabam, sejam investidas em educação”, comemorou.

O acordo dos royalties foi costurado a partir de um mutirão de reuniões de ministros com bancadas aliadas e a entrada em campo da própria presidente, que, na segunda-feira da semana passada, recebeu lideranças da Câmara para debater a matéria.

Lei trabalhista – Indagada sobre os impasses em projetos que mudam as leis trabalhistas avaliados pelo Congresso, a presidente afirmou que há uma mesa de negociação entre entidades sindicais, patronais e governo para buscar o consenso possível e ratificou que não vai “patrocinar qualquer processo que retire direitos dos trabalhadores”.

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Dilma citou como exemplo do impasse o fim da multa dos 10% do FGTS em caso de demissões, recursos que são destinados a programas habitacionais, aprovado no Congresso e vetado por ela. “Não haverá, por iniciativa do governo federal, redução do direito dos trabalhadores. Os 10% não fomos nós que colocamos. Não podemos reduzir interesses dos trabalhadores e precarizar relações de trabalho”, disse. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou a discussão do veto da presidente na pauta desta terça-feira.

Classe média – A agenda em São Bernardo é o começo de uma investida da presidente para aumentar sua popularidade entre os eleitores da classe média. O pior desempenho de Dilma, segundo a última sondagem do Datafolha, está entre o eleitorado com renda acima de dez salários mínimos – onde se registra um crescimento das inteções de voto na ex-ministra Marina Silva.

Para tentar reverter essa situação, a presidentevai, a partir deste mês, dar prioridade a viagens pela Região Sudeste e a agendas que envolvam políticas de interesse da classe média, como educação e mobilidade urbana.

(Com Estadão Conteúdo)

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