Condenado pela morte de Dorothy Stang é preso no Pará

Condenado em 2010 pela morte da missionária americana Dorothy Stang, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão foi preso na tarde desta terça-feira em Altamira, no Pará. A prisão preventiva de Galvão foi decretada mais cedo pelo Tribunal de Justiça do estado (TJ-PA), depois de a Corte ter negado um recurso da defesa do acusado. Ele se apresentou voluntariamente à polícia, acompanhado por seu advogado, e passou três horas esperando a ordem de prisão, que ainda não tinha chegado à superintendência. O fazendeiro disse então que aguardaria o documento em casa. Às 18 horas o papel chegou às mãos dos policiais, que se deslocaram para a residência de Galvão. Ele foi levado para a delegacia e depois para a penitenciária de Altamira. Nesta terça, a 1ª Câmara Criminal Isolada do TJ-PA rejeitou recurso contra o júri de Galvão e manteve, por unanimidade, a condenação dele a 30 anos de prisão, em regime fechado. A Justiça considera o homem um dos mandantes do assassinato da missionária. A justificativa para a prisão foi impedir a intimidação de testemunhas e evitar a fuga do acusado. A defesa de Galvão informou que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Dorothy Stang foi morta a tiros em 12 em fevereiro de 2005, em Anapu, no Pará. Ela atuava em defesa de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas reivindicadas por fazendeiros da região. Além de Galvão, quatro homens foram condenados a penas de até 27 anos de prisão pelo assassinato.