Cachoeira chega a presídio em Brasília
Contraventor, que está preso desde 29 de fevereiro, foi transferido de presídio federal em Mossoró (RN) e chegou à capital em voo comercial
O contraventor Carlinhos Cachoeira já está no presídio da Papuda, em Brasília. Ele deixou a penitenciária federal de Mossoró (RN) na manhã desta quarta-feira, depois de obter na Justiça o direito à transferência. O chefe da máfia que controlava os caça-níqueis em Goiás ficará em uma ala gerenciada pela Polícia Federal. O contraventor chegou a Brasília em um voo comercial, escoltado por agentes penitenciários federais. A aeronave pousou na capital por volta das 8h05. Meia hora depois, Cachoeira já estava no presídio.
Nesta terça-feira, a Justiça Federal concedeu o pedido de transferência apresentado pela defesa de Cachoeira; a alegação era de que o preso precisava ficar mais próximo da família, que mora em Goiás, e dos advogados. O juiz Tourinho Neto, da 1ª Região, atendeu o pedido. O Ministério Público Federal (MPF) chegou a contestar a decisão, alegando que a transferência para o presídio da Papuda favoreceria o contato de Cachoeira com outros integrantes da quadrilha: “O réu possui um amplo poder de penetração e cooptação junto a órgãos de segurança pública”, argumentou o MPF. Mas o magistrado manteve a decisão: “A suposta quadrilha comandada pelo paciente foi, segundo consta dos autos, desbaratada”.
A defesa de Cachoeira ainda aguarda o julgamento de um pedido de habeas corpus pelo Superior Tribunal de Justiça. A primeira tentativa de libertar o contraventor foi infrutífera.
Carlinhos Cachoeira está preso desde a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desmontou um amplo esquema de exploração ilegal de caça-níqueis em Goiás. Autoridades das três polícias foram corrompidas pelo grupo, que também mantinha contatos com agentes políticos. Nesta terça-feira, Câmara e Senado formalizaram o pedido de abertura da CPI do Cachoeira, para investigar a atuação da máfia. A comissão deve ser instalada nesta quinta-feira.