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Bombeiros passam a procurar desaparecidos manualmente

Trabalho de retirada de entulhos dos prédios que desabaram já está na reta final

Por Da Redação
28 jan 2012, 13h31

Os trabalhos de retirada de entulhos dos três prédios que desabaram no centro do Rio de Janeiro nesta semana já estão na reta final. Foi suspensa a utilização de equipamentos pesados, e os bombeiros agora trabalham na retirada de parte do vão das escadas de um dos edifícios, que ainda ficou presa no prédio ao lado. Os bombeiros usam enxadas e alicates para soltar pedaços de concreto que ameaçam cair.

O secretário Estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões, que acompanha o trabalho das equipes de resgate no local, ressaltou a importância de cessar momentaneamente o trabalho pesado feito pelas máquinas na retirada do entulho que ficou acumulado no local. O objetivo é que nenhum corpo seja levado junto com o entulho ou que os cadáveres não sofram mais danos.

Na sexta-feira, foi achado um corpo de mulher, já muito dilacerado, entre os escombros, e o secretário não descarta a possibilidade de que corpos de outras vítimas possam estar no mesmo local. Em entrevista coletiva, Simões disse que irá enviar ainda neste sábado máquinas e equipes com cães farejadores para o terreno onde estão sendo depositados os entulhos, na zona portuária do Rio.

Infográfico: Entenda como e por que um edifício pode ruir repentinamente

O Corpo de Bombeiros localizou durante a madrugada deste sábado mais dois corpos entre os escombros do desabamento dos três prédios no centro do Ri. Agora, o número de mortos na tragédia subiu para 17. Há parentes de cinco pessoas desaparecidas ainda à espera de notícias, o que pode elevar o número para 22.

Subsolo – A descoberta dos corpos no subsolo do Edifício Liberdade surpreendeu o Corpo de Bombeiros, que não sabia da existência de outros pavimentos no prédio. As equipes de buscas só descobriram este espaço 48 horas depois do desabamento, quando os agentes entraram na pequena parte do edifício que permaneceu de pé, segundo o comandante-geral da corporação.

Na quinta-feira, dia seguinte ao desabamento, a Prefeitura informara que o edifício tinha 18 pavimentos, além de loja e sobreloja. Os próprios funcionários, depois de muitos anos trabalhando lá, só souberam do subsolo depois que tudo ruiu. “Ninguém nunca tinha ouvido falar. Agora é que ficamos sabendo que nos anos 40 e 50, quando o prédio era novo, ali funcionava um cabaré”, disse, na quinta-feira de manhã, um contador da ECN Auditoria e Contabilidade.

Segundo Sérgio Simões, o fato de alguns corpos terem sido encontrados no local próximo de onde era o fosso do prédio de 20 andares não indica que as pessoas tenham conseguido descer todos os pavimentos e estavam no andar térreo, pois, se assim fosse, elas teriam saído do prédio. “A laje do subsolo se rompeu e levou tudo junto”, disse Simões. Os cães farejadores iniciarão o trabalho durante a manhã deste sábado. “Vamos dar um tempo, pois o cheiro que exala dos corpos está forte e fica fácil confundir”, acrescentou.

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O coronel ainda afirmou que a expectativa era de que as buscas terminassem no máximo até a manhã de domingo, mas ela não existe mais, pois o trabalho agora será minucioso. “Foram suspensos os trabalhos de descarte de entulho por enquanto. Não encontramos ainda o número de corpos que imaginávamos que poderíamos encontrar até este momento. O trabalho será mais minucioso e precisamos revirar todo esse monte de entulho”, disse.

(Com Agência Estado e EFE)

https://youtube.com/watch?v=z6iRsVXfDNQ

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