Bombeiros e policiais do Rio decidem nesta segunda-feira o futuro da greve
Assembleia às 18h servirá para a categoria definir se o movimento, enfraquecido desde o fim de semana, será mantido
A segunda-feira será decisiva para o movimento de greve iniciado por profissionais de segurança do Rio. Bombeiros e policiais militares e civis têm assembleia às 18h para definir se a paralisação parcial será mantida ou suspensa. No sábado, houve um racha no grupo, e um dos sindicatos de policiais civis suspendeu a greve. Poucos integrantes da Polícia Civil compareceram à passeata marcada para Copacabana na manhã de domingo. Ao todo, cerca de 200 manifestantes ficaram concentrados em frente ao Copacabana Palace, mas não chegou a haver passeata.
No quatro dia de greve, são 39 os bombeiros presos administrativamente e 12 presos em Bangu 1. Ainda falta o cumprimento de dois mandados de prisão expedidos pela Justiça. Os 123 presos na sexta-feira terminaram de cumprir as 72 horas de prisão administrativa. No domingo, os guarda-vidas punidos trabalharam em seus postos de salvamento normalmente. A assessoria do Corpo de Bombeiros e da Secretaria Estadual de Defesa Civil informou que a rotina segue sem alteração nesta segunda-feira.
O bombeiro que teve prisão administrativa responde disciplinarmente pela greve. Os militares passarão por um conselho que avaliará as suas condutas. Uma das consequências pode ser a expulsão da corporação. Mas, mesmo que isso não aconteça, responder disciplinarmente pode implicar, por exemplo, em dificuldades para conseguir a promoção dentro da corporação.
Nesta segunda-feira, há 17 policiais militares presos e 151 indiciados. Todos os PMs indiciados são do 28º BPM (Volta Redonda), no Sul Fluminense. Desde o início da greve, os militares se recusaram a sair do batalhão e patrulhar as cidades de Volta Redonda, Barra Mansa e Pinheiral. O comando da Polícia determinou a transferência dos grevistas para outras unidades, na tentativa de esvaziar o movimento no município. Eles foram alocados em quatro batalhões da Baixada Fluminense.
Além dos 151, outros 31 policiais do 28º BPM tiveram as suas armas recolhidas. Para garantir o funcionamento da unidade, policiais do Batalhão Especial Prisional (BOPE) permanecerão no local.