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Zelensky diz que alguns líderes europeus já prometeram jatos militares

Declaração sugere uma das maiores mudanças em relação ao apoio militar do Ocidente à Ucrânia

Por Da Redação
9 fev 2023, 19h38

Em Bruxelas para uma cúpula com líderes da União Europeia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quinta-feira, 9, que alguns países já se mostraram prontos para fornecer jatos militares à Kiev. A declaração sugere uma das maiores mudanças em relação ao apoio militar do Ocidente à Ucrânia.

“A Europa estará conosco até nossa vitória. Ouvi isso de vários líderes europeus sobre a prontidão em nos dar as armas e o apoio necessários, incluindo aeronaves”, disse Zelensky em entrevista coletiva. “Tenho vários encontros bilaterais agora e vamos levantar a questão dos caças e outras aeronaves”.

Apesar da fala, nenhum país confirmou de imediato o envio de jatos militares e Zelensky não deu mais detalhes sobre as promessas. A declaração, no entanto, foi feita em meio a sinais de que algumas nações podem estar perto de quebrar um dos principais tabus na ajuda militar a Kiev desde o início da guerra, que completa um ano em 24 de fevereiro.

+ Com retórica afiada, Zelensky pede jatos militares ao parlamento britânico

Nas redes sociais, o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, afirmou que acordos sobre armamento de longo alcance e caças para a Ucrânia já tinham sido resolvidos e que mais detalhes viriam a seguir. Entretanto, logo em seguida Yermark editou a postagem e mudou o texto para dizer que o problema poderia “ser resolvido”, criando mais especulações sobre a ajuda militar.

O assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak também comentou sobre o assunto na TV ucraniana, afirmando que as conversas eram “muito intensas” e que, em breve, o país teria um entendimento logístico “de quando, onde e como” eles poderiam receber os equipamentos blindados e as aeronaves e os armamentos de longo alcance.

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+ Rússia pode ter perdido metade de seus tanques em operação na Ucrânia

Ao se dirigir aos 27 líderes dos países da UE, Zelensky também pediu por sanções mais rígidas a Moscou, alegando que seria necessário punições aos líderes russos responsáveis por iniciar a guerra.

“Sou grato a todos vocês que estão ajudando, grato a todos que entendem o quanto a Ucrânia agora precisa dessas possibilidades. Precisamos de canhões de artilharia, projéteis para eles, tanques modernos, mísseis de longo alcance, aeronaves modernas”, disse ele.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que a UE precisa fornecer apoio “máximo” a Kiev e que os próximos meses serão de importância decisiva para o percurso da guerra.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, por sua vez, alertou que seriam os ucranianos que sofreriam as consequências caso países ocidentais enviem caças a Kiev. Além disso, ele não só reiterou que a linha entre o envolvimento indireto e direto do Ocidente na guerra começou a desaparecer, mas também disse que as ações levariam a uma “ escalada de tensão” prolongando cada vez mais o conflito que tem sido doloroso para a Ucrânia.

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O mesmo alerta foi feito pelo ministro da Defesa da Rússia , Sergei Shoigu, que disse nesta terça-feira, 7, que o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia arrastou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para o conflito.

Até o momento, os países ocidentais que forneceram armas à Ucrânia se recusaram a enviar caças e armas de longo alcance que seriam capazes de atingir o interior do território russo. Porém, o clima parece ter começado a mudar desde que Zelensky começou suas visitas pela Europa na quarta-feira.

Na segunda vez que Zelensky saiu da Ucrânia desde o começo da guerra, ele visitou o Reino Unido e fez um discurso afiado ao pedir que o país enviasse jatos militares para o campo de batalha contra a Rússia.

Em um encontro em Londres, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, prometeu treinar os pilotos ucranianos para pilotar caças avançados da Otan. Apesar de não ter oferecido os aviões, Sunak disse que nada estava fora de questão, criando ainda mais incertezas. Zelensky também foi a Paris para jantar com o presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Após o encontro, o líder ucraniano afirmou que a parte que lhe foi prometido em Paris pelos chefes de Estado ocidentais ainda era segredo.

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