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Yulia Tymoshenko encerra greve de fome em hospital

Tratamento médico de ex-premiê durará ao menos um mês, segundo doutor

Por Da Redação
9 Maio 2012, 11h59

A ex-premiê da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, finalmente interrompeu a greve de fome que manteve durante 20 dias após ser transferida da prisão para um hospital. Segundo o médico alemão responsável pela saúde de Yulia, o tratamento vai durar pelo menos um mês.

“Hoje reconheci a paciente e determinei o plano de tratamento. Começaremos a tirá-la pouco a pouco do estado de jejum. Primeiro ofereceremos água e sucos, um pouco mais tarde começará a ingerir comida sólida”, disse o médico, Lutz Harms, em entrevista coletiva na cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia.

Durante os próximos dias, a ex-primeira-ministra ucraniana, que sofre de hérnia de disco, será submetida a fisioterapia e outros procedimentos. O tratamento farmacológico começará mais tarde, segundo o médico. Questionado sobre o estado de Tymoshenko, Harms disse que ‘não está muito diferente do quadro que tinha na prisão’.

Já a neuropatóloga do hospital que cuidará de Yulia, Irina Fursa, afirmou que ainda é cedo para fazer previsões sobre a recuperação de sua paciente. “Por enquanto, ela apenas começa a sair do estado de jejum”, explicou.

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Política – Yulia foi internada esta manhã depois de as autoridades aceitarem que o médico alemão controle seu tratamento. A líder opositora, de 51 anos, cumpre uma pena de sete anos de prisão por abuso de poder, delito do qual se declara inocente, e denuncia que seu processo foi ordenado pelo presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, para afastá-la da política.

O seu crime consistiu em negociar e assinar, sem conivência expressa do governo que liderava, um novo contrato de provisão de gás russo à Ucrânia em condições menos vantajosas que as anteriores. Atualmente, ela enfrenta um segundo julgamento por evasão tributária que poderia gerar uma condenação a outros 12 anos de prisão.

Em resposta, a líder opositora pediu à organização internacional Financial Action Task Force (FATF), que luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, e às procuradorias de vários países europeus que averiguem a ‘corrupção em massa’ e ‘a procedência das fortunas criminosas do regime ucraniano atual’.

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Saúde – A permanência na prisão agravou os problemas de saúde da ex-premiê ucraniana, o que levou as autoridades a lhe ofereceram os serviços médicos da prisão, mas ela se negou a utilizá-los por desconfiar da independência da equipe técnica. Depois, em abril, Yulia declarou greve de fome após denunciar ter sido agredida no dia 20 de março por funcionários da prisão durante sua mudança forçada a uma clínica para um tratamento de hérnia de disco.

O caso de Yulia também levantou uma campanha internacional de solidariedade. Na terça-feira, a Ucrânia foi obrigada a cancelar a cúpula dos países da Europa Central e Oriental na cidade de Yalta perante a recusa de muitos de seus líderes de participar da reunião pela situação da ex-premiê. Há ainda o risco de amplo boicote aos jogos da Eurocopa 2012 no país pelo mesmo motivo.

(Com agência EFE)

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