No dia em que simpatizantes ocuparam as ruas de Caracas em apoio ao governo Hugo Chávez, a oposição apresentou um documento com doze objetivos para os próximos meses. O primeiro ponto, sobre o “respeito à Constituição”, é uma crítica à manobra chavista para adiar por tempo indeterminado a posse de Chávez, que deveria ter sido realizada no dia 10. O presidente está internado desde 10 de dezembro em Havana, Cuba, onde foi submetido à quarta cirurgia para combater um câncer.
A manifestação dos chavistas ocorre na data que marca o fim da ditadura de Marcos Pérez Jiménez, em 1958. A oposição também tinha planejado um protesto para esta quarta-feira, mas cancelaram a manifestação depois do partido governista PSUV conclamar seus partidários a tomar as ruas da capital no mesmo dia. Optaram por realizar uma cerimônia restrito ao Parque Miranda, no leste de Caracas.
O ato político, liderado pela Mesa da Unidade Democrática (MUD), coalizão contrária ao governo, começou com um vídeo lembrando a queda de Jiménez e exaltando as aspirações dos jovens da época de construir um país de “paz, tolerância e progresso”. Em seguida, foram apresentados os dozes pontos para enfrentar a atual situação de incerteza na Venezuela.
Além do respeito à Constituição, o documento também defende o diálogo nacional permanente entre todos os setores do país e a luta contra o oportunismo político e pela igualdade nas condições eleitorais. A MUD também se comprometeu a escolher um candidato único por consenso no caso de novas eleições presidenciais serem realizadas no país.
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