Um jovem violinista que se tornou símbolo dos protestos antigoverno na Venezuela foi libertado na terça-feira depois de ficar três semanas preso. A informação é da Procuradoria-Geral do país.
Wuilly Arteaga, de 23 anos, virou um dos rostos mais conhecidos das manifestações contra o impopular ditador venezuelano, Nicolás Maduro. Ele executava o Hino Nacional do país mesmo em meio a disparos de gás lacrimogêneo e balas de borracha, durante protestos antigoverno que vêm abalando a nação há quatro meses e já deixaram mais de 120 mortos.
As manifestações diminuíram depois que uma polêmica Assembleia Constituinte, que vem sendo criticada por lideranças em todo o mundo por ser sinal de que a Venezuela está se tornando uma ditadura, foi empossada no início deste mês.
Arteaga foi solto na terça-feira, mas não se sabe em que condições, disse o recém-empossado procurador-geral Tarek Saab no Twitter, na noite de terça-feira.
O músico foi simplesmente deixado pela Guarda Nacional em uma praça de Caracas, disse o ativista Alfredo Romero, do grupo de direitos humanos Fórum Penal, acrescentando que seu grupo o estava procurando desde sua detenção em um protesto no dia 27 de julho.
Arteaga foi espancado por agentes com seu próprio instrumento, o que prejudicou sua audição, de acordo com Romero. “Eles queimaram seu cabelo com um isqueiro, o espancaram muito, e por isso ele não consegue escutar com o ouvido direito”, disse Romero no final de julho.
Crise grave
A Venezuela está atravessando uma crise grave. Milhões de pessoas estão sofrendo com a escassez de alimentos e remédios e uma inflação em disparada, além da crescente violência. Vídeo abaixo mostra as vítimas da repressão.
![Um homem usa óculos com bandeira do país em novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela - 07/06/2017 Um homem usa óculos com bandeira do país em novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela - 07/06/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/06/crise-venezuela-contra-maduro-20170607-0002.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Jovem é ferido durante um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela - 07/06/2017 Jovem é ferido durante um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela - 07/06/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/06/crise-venezuela-contra-maduro-20170607-0007.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Manifestantes se reúnem em um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela - 07/06/2017 Manifestantes se reúnem em um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela - 07/06/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/06/crise-venezuela-contra-maduro-20170607-0001.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Manifestantes arremessarem bombas caseiras na Guarda Nacional Bolivariana (GNB) em Caracas, na Venezuela - 07/06/2017 Manifestantes arremessarem bombas caseiras na Guarda Nacional Bolivariana (GNB) em Caracas, na Venezuela - 07/06/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/06/crise-venezuela-contra-maduro-20170607-0005.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Manifestantes se reúnem em um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela - 07/06/201 Manifestantes se reúnem em um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela - 07/06/201](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/06/crise-venezuela-contra-maduro-20170607-0006.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Manifestantes se reúnem em um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela - 07/06/201 Manifestantes se reúnem em um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas, na Venezuela - 07/06/201](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/06/crise-venezuela-contra-maduro-20170607-0004.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Uma bandeira da Venezuela é mostrada durante um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas - 07/06/2017 Uma bandeira da Venezuela é mostrada durante um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, em Caracas - 07/06/2017](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/06/crise-venezuela-contra-maduro-20170607-0003.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
(Com Reuters)