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Venezuela celebra impasse na OEA; aliados farão reunião pró-Maduro

Presidentes de países-membro da Unasul vão se encontrar no Chile; Maduro anuncia expulsão de quatro diplomatas panamenhos

Por Da Redação
7 mar 2014, 10h02

(Atualizado às 12h15)

A Organização dos Estados Americanos (OEA) suspendeu na madrugada desta sexta-feira uma reunião que se estendeu por dez horas após diferenças entre os 35 membros impedirem acordos para a aprovação de resoluções sobre a crise que atinge a Venezuela, país sacudido há quase um mês por uma onda de protestos.

A reunião deve ser retomada no começo da tarde desta sexta-feira. A Venezuela, que é contra qualquer mediação da OEA, comemorou o impasse e o fracasso de iniciativas do Peru e do Panamá, que previam a convocação de chanceleres da região para avaliar a crise ou o envio de uma missão para o país. “Os dois objetivos intervencionistas não avançaram. É um fracasso da iniciativa”, comemorou o embaixador venezuelano Roy Chaderton.

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Entre as propostas também constou uma iniciativa da Bolívia, que previa um projeto vago de resolução centrado em um pedido de diálogo, uma condenação da violência e no respeito aos direitos humanos, entre outros pontos. A iniciativa amigável dos bolivianos foi respaldada pela Venezuela, mas, no final, diferenças entre os aliados do presidente Nicolás Maduro e os países que pediam uma ação mais enérgica da organização acabaram por impedir que qualquer uma das três propostas fosse aprovada.

O fracasso das iniciativas também foi comemorada pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, nesta sexta-feira. “Essa é uma vitória do povo venezuelano, da América Latina independente. Essa conjuntura da Venezuela demonstrou a firmeza da região latino-americana na defesa da paz, da democracia e da defesa da soberania”, disse Jaua.

Na sessão da OEA também pairou um clima de enfrentamento por causa da iniciativa do presidente venezuelano Nicolás Maduro de romper as relações entre Venezuela e Panamá, país que solicitou a reunião do organismo para discutir os confrontos nos protestos. Maduro surpreendeu na noite de quarta-feira ao anunciar o rompimento das relações políticas e diplomáticas, assim como o congelamento das ligações comerciais com o Panamá, país que ele passou a acusar de intromissão em assuntos internos. Na noite de quinta-feira, foi a vez de o seu governo anunciar a expulsão do embaixador panamenho e de três diplomatas, que deverão sair da Venezuela em até 48 horas.

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Enquanto isso, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), um organização regional mais amigável com a Venezuela, anunciou que também vai debater a situação do país. Um encontro entre presidentes e chanceleres dos doze países-membros deve ocorrer na próxima terça-feira no Chile, aproveitando a cerimônia de posse de Michelle Bachelet como presidente do país.

“Finalmente vai acontecer uma reunião de presidentes da Unasul, mas para termos essa iniciativa primeiro consultamos o governo venezuelanos por elementar cortesia”, disse o presidente do Equador, Rafael Correa, um aliado de Chávez que está promovendo a reunião. Correa não forneceu mais detalhes sobre o encontro dos presidentes, mas já adiantou qual deve ser o tom da reunião.

“Nós vamos tomar partido sobre a verdade e a verdade é que o governo legítimo da Venezuela é o perseguido, que Nicolás Maduro é humanista e que jamais vai ser capaz de reprimir seu próprio povo, e que tentam desestabilizá-lo”, acrescentou.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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