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Uso de cartão corporativo pode levar vice uruguaio à renúncia

O presidente do Uruguai declarou que aceitaria a saída de Raúl Sendic, investigado por gastos na petroleira estatal

Por Angela Nunes 26 jul 2017, 23h46
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  • Questionado sobre uma eventual renúncia de seu vice, Raúl Sendic, o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, não titubeou. “Quando se apresenta uma renúncia, é uma renúncia”, disse. A declaração de Vázquez foi dada nesta quarta-feira, no momento em que Sendic é chamado a dar explicações tanto para Tribunal de Conduta Política quando para a Justiça. O vice-presidente é investigado pelo uso de cartões de crédito corporativo da petroleira Ancap no período em que integrou a diretoria da estatal.

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    Vazquez disse que aguarda a opinião da Justiça, assim como a resolução do Tribunal sobre o caso, mas indicou que, mesmo que o vice-presidente seja inocentado, não faz objeções à sua saída do governo. “É um problema pessoal, e é o Sendic que tem que avaliar [se renuncia]”, disse.

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    A atual crise política teve início em 8 de junho, quando o semanário uruguaio Búsqueda revelou que entre 2010 e 2013, quando foi presidente da Ancap, Sendic utilizou mais de 320 vezes o cartão de crédito corporativo. Os gastos, tanto no exterior quando no país, foram realizados em muitos restaurantes, mas também em hotéis, lojas de roupas, postos de gasolina, supermercado, joalherias e até loja de colchões. Em uma única compra, na Gold Joyas, o valor ficou em 9.000 dólares.

    Sendic argumenta que os cartões foram utilizados para comprar presentes para investidores institucionais e autoridades estrangeiras – de acordo com as regras da Ancap, as despesas corporativas têm de ser relacionadas à entidade – e denuncia a divulgação das informações como uma manobra política e “um truque sujo”.

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    Corrupção e falsa graduação

    Esta não é a primeira vez que Sendic se envolve em escândalos. No começo de 2016, pouco menos de um ano depois de assumir o cargo, a imprensa uruguaia revelou que o vice-presidente, ao contrário do que afirmava, não era tinha licenciatura em “genética humana” pela Universidade de Havana. Muito menos havia sido “graduado com medalha de honra”. A graduação, na verdade, nem mesmo existia.

    Sendic também é suspeito de implicação em diversos casos de corrupção, entre eles uma questionável negociação de petróleo com uma empresa holandesa, superfaturamento, evasão fiscal e tráfico de influência.

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    Nenhuma suspeita, no entanto, foi comprovada até agora. E como Sendic nunca fez uso do falso diploma, escapou de um processo criminal e saiu – pelo menos até agora – apenas com a reputação condenada.

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