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Usando drones, Ucrânia ataca Rússia a mais de 1.300 km da fronteira

Alvo da investida era uma região industrial russa, onde uma das maiores refinarias de petróleo do país e uma fábrica de drones foram atingidas

Por Da Redação
Atualizado em 2 abr 2024, 11h35 - Publicado em 2 abr 2024, 11h29

A Ucrânia lançou um ataque com drones contra uma das maiores refinarias de petróleo da Rússia nesta terça-feira, 2, atingindo também uma fábrica de drones na região russa de Tartaristão – a mais de 1.300 quilômetros da fronteira entre os dois países. O ataque foi um dos mais intensos a atingir uma região industrializada da nação comandada pelo presidente Vladimir Putin.

O governador de Tartaristão, Rustam Minnikhanov, afirmou que os ataques “contra empresas em Yelabuga e Nizhnekamsk” não causaram danos graves ou interrupção na produção industrial, mas deixaram vários feridos na fábrica que produz os drones iranianos Shahed, usados ​​na linha de frente da guerra.

A Rússia afirmou ter interceptado o drone ucraniano direcionado à refinaria Taneco, da empresa russa Tatneft, que produz cerca de 360 ​​mil barris de petróleo por dia. No entanto, imagens indicam que sua unidade de refino primário, chamada CDU-7, foi atingida, segundo a agência de notícias Reuters.

Guerra chega à Rússia

A Ucrânia já deixou claro que ataques como esse, em solo russo, tem como objetivo prejudicar a produção de armas e equipamentos de guerra, atrapalhar o fornecimento de recursos aos militares russos na Ucrânia e atingir em cheio a economia do país, dependente de exportações de petróleo e gás a aliados como a China. O aumento de investidas contra refinarias de petróleo já fez com que a Rússia reduzisse suas vendas de gasolina, enquanto a ofensiva desta terça-feira demonstra a capacidade de Kiev em atingir alvos distantes, no coração do país inimigo.

Um vídeo divulgado nas redes sociais capturou o momento da explosão causada pela colisão de um drone ucraniano com as instalações da fábrica em Yelabuga. Segundo Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, a Rússia está “fazendo tudo o que pode para minimizar o impacto” dos ataques ucranianos em seu território. 

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Um importante legislador russo classificou os disparos ucranianos como “terroristas”. “Quando tomarmos Kiev, o caos com os drones terminará. Entretanto, continuaremos a repelir estes (ataques) terroristas desprezíveis”, ameaçou Andrey Kartapolov, chefe do comitê de defesa da Duma, câmara baixa do parlamento do país.

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De acordo com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, Moscou também visa a infraestrutura da Ucrânia, tendo lançado pelo menos 190 ataques aéreos, incluindo dois “massivos”, segundo ele, usando drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos.

Danos na Ucrânia

Também nesta terça-feira, um novo sistema de registo de danos de guerra na Ucrânia foi implementado durante uma cúpula em Haia, na Holanda, que reuniu ministros e altos funcionários de países europeus. O projeto permite que os cidadãos ucranianos denunciem perdas ou danos em suas propriedades causados por ataques russos. Estima-se que o número de reclamações pode chegar a 10 milhões.

“É extremamente importante que nos encontremos aqui hoje, não apenas para discutir como iremos responsabilizar a Rússia, mas também para lançar um procedimento muito específico do qual todos os ucranianos que sofreram (com a guerra) possam se beneficiar”, afirmou Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, durante a cúpula.

O chanceler holandês, Hanke Bruins Slot, também se pronunciou em defesa da Ucrânia, afirmando que a guerra é uma “longa e bem documentada lista de crimes internacionais. Mais de 100 mil e contando”.

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