Unicef: 50 milhões de crianças vivem longe de seu lar e em risco
Relatório aponta que entre 2005 e 2015 o número de crianças refugiadas se duplicou, enquanto o de crianças imigrantes aumentou 21%.
Por EFE
Atualizado em 7 set 2016, 08h26 - Publicado em 7 set 2016, 08h26
Cerca de 50 milhões de crianças vivem atualmente longe de seus lugares de origem, obrigadas a escapar da violência ou a migrar em busca de oportunidades, advertiu nesta terça-feira o Unicef, que chamou a atenção para os riscos enfrentados por todos estes menores. Em um relatório intitulado Desenraizados, o Fundo das Nações Unidas para a Infância analisa a situação dessas crianças e exige ações concretas dos governos para melhorar sua proteção. Entre as medidas está a intenção de acabar com a detenção de crianças imigrantes, manter as famílias unidas para proteger os menores e garantir o acesso à educação a todos eles.
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“Esta é uma crise crescente que o mundo enfrenta, seja na Ásia, na América, no Mediterrâneo ou dentro de alguns países”, declarou em entrevista coletiva o diretor-executivo adjunto do Unicef, Justin Forsyth. Como exemplo, o relatório aponta que entre 2005 e 2015 o número de crianças refugiadas se duplicou, enquanto o de crianças imigrantes aumentou 21%.
No total, 31 milhões de crianças vivem hoje fora de seus países de nascimento, incluindo 11 milhões de refugiados e solicitantes de asilo, enquanto há 17 milhões de menores que se encontram deslocados dentro de seus próprios Estados. Desses quase 50 milhões de menores afastados de seus lares, mais da metade (28 milhões) se viram forçados a fugir por conflitos ou violência.
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O Unicef destacou que as crianças representam uma “porcentagem desproporcional e crescente” de todos os deslocados e quase metade de todos os refugiados que há no mundo. Além disso, cada vez mais há menores que cruzam sozinhos as fronteiras, pois, segundo o texto, apenas em 2015 cerca de 100.000 crianças não acompanhadas solicitaram asilo em 78 países, o triplo que em 2014.
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Esses menores que viajam sem companhia estão muito expostos a sofrer exploração e abusos por parte de contrabandistas e traficantes de pessoas, lembrou a Unicef.
Educação — A educação também sofre enormemente quando uma criança se vê obrigada a deixar seu lugar de origem e, por exemplo, os refugiados têm cinco vezes mais probabilidades de não frequentar a escola que o restante dos menores. Apesar da intensidade do debate sobre os refugiados e os imigrantes na Europa e nos Estados Unidos, o relatório confirma que o grosso do problema acontece precisamente longe dali.
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Os dez países que acolhem mais refugiados estão na Ásia e na África, com a Turquia à frente em termos absolutos, e com países como o Líbano, onde aproximadamente um de cada cinco habitantes é refugiado.
“Na Europa muitos governos sentem que esta é uma crise arrasadora, mas é importante lembrar que, com muita diferença, a maior carga é assumida por países da região onde se produzem as crises”, frisou Forsyth. Do total de crianças sob proteção do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), 45% procede da Síria e do Afeganistão.
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(Com agência EFE)
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VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
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