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União Europeia aprova ‘força de resposta rápida’ com 5 mil soldados

Chamado de Bússola Estratégica, plano tem como objetivo deixar o bloco mais preparado para eventuais ameaças ao continente

Por Matheus Deccache Atualizado em 23 mar 2022, 08h53 - Publicado em 21 mar 2022, 17h57
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  • Os ministros das Relações Exteriores e Defesa da União Europeia aprovaram nesta segunda-feira (21) uma nova estratégia de segurança destinada a aumentar a influência militar do bloco, estabelecendo uma força de reação rápida de até 5.000 soldados em casos de crise.

    É esperado que os líderes do bloco aprovem a iniciativa já no final da semana, entre os dias 24 e 25. O plano, conhecido como Bússola Estratégica, foi apresentado no ano passado após a retirada caótica das tropas estrangeiras do Afeganistão depois da queda da capital, Cabul, para o Talibã, em agosto. 

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    Após a invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro, o bloco endureceu o discurso e avançou medidas para reforçar a sua política de segurança e defesa até 2030, de modo a ser mais eficaz no  trabalho de proteger valores e interesses de seus aliados. 

    “O atual ambiente hostil exige um salto quântico. A Bússola nos oferece um ambicioso plano de ação para uma segurança e defesa mais forte do bloco para a próxima década”, escreveu o alto representante da União Europeia para as Relações Exteriores, Josep Borrell, no Twitter.

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    A ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, disse que a Alemanha está pronta para fornecer o núcleo militar da nova força já em 2025, ano em que a Bússola deve se tornar totalmente operacional. Para isso, o país anunciou um aumento de gastos de 100 bilhões de euros para suas forças armadas, marcando uma grande mudança em sua política de segurança nacional pós-Segunda Guerra Mundial. 

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    Ao mesmo tempo, o bloco deixou claro que seus esforços são complementares aos da Otan e que não pretendem competir militarmente com a principal aliança militar ocidental, que é liderada pelos Estados Unidos e irá manter seus status de âncora da defesa ocidental.

    A União Europeia está confiante que, com maior força e capacidade militar, poderá dar “uma contribuição positiva para a segurança global e transatlântica” e baseará sua tática em batalhões que já tinha desde 2007, mas nunca utilizou, com o uso de forças aéreas, terrestres e marítimas. 

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    O bloco vai se preparar para mobilizar 200 especialistas em missões da Política Comum de Segurança e Defesa (PESC) totalmente equipados no prazo de 30 dias, incluindo em ambientes complexos. O reforço da capacidade de antecipar, dissuadir e responder a ameaças será outro objetivo, com a UE reforçando as suas capacidades de análise de inteligência e desenvolvendo uma “caixa de ferramentas” para detectar e responder a uma vasta gama de ameaças híbridas.

    Também está previsto o estabelecimento de uma política de defesa cibernética com uma variedade de instrumentos para combater a manipulação e interferência de informação procedente do exterior, além do desenvolvimento de uma estratégia espacial de segurança e defesa e o reforço do papel da do bloco na segurança marítima.

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    A fim de responder a estas exigências, os Estados-membros se comprometem a aumentar substancialmente as suas despesas de defesa e a reforçar a base tecnológica e industrial da Europa. Para isso, a União Europeia dará mais incentivos a eles para colaborarem no desenvolvimento de capacidades e no investimento conjunto, de modo a também preencher lacunas estratégicas e a reduzir as dependências tecnológicas e industriais.

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