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Zelensky pede armas e cobra sanções de Israel contra a Rússia

Em discurso no Parlamento Israelense, presidente da Ucrânia se mostra insatisfeito com posição do país e compara situação dos ucranianos ao Holocausto

Por Sofia Cerqueira Atualizado em 20 mar 2022, 18h16 - Publicado em 20 mar 2022, 18h13

Em um discurso no Parlamento Israelense neste domingo (20), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou a atuação das autoridades daquele país diante da guerra. Zelensky questionou o porquê de Israel não estar seguindo o exemplo de outras potências mundiais que vem adotando sanções contra a Rússia e cobrou o envio de armas para reforçar o exército ucraniano como outras nações estão fazendo. Durante a sessão, a qual o líder da Ucrânia participou por meio de videoconferência, estavam presentes mais de cem membros do parlamento, entre eles o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett.

Bennett, que conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, há duas semanas em Moscou e tem falado frequentemente com ele e com Zelensky, não fez nenhum comentário imediatamente à fala do mandatário ucraniano. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, em resposta a Zelensky, por sua vez, não se comprometeu a atender às reivindicações do governo da Ucrânia. Mas disse, em comunicado, que Israel continuará ajudando os ucranianos “tanto quanto for possível”. O país enviou um hospital de campanha, entre outras ajudas humanitárias à Ucrânia.

Ainda em seu discurso no Parlamento de Israel, Zelensky lembrou do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial, quando o comparou com a situação que seu país vive em meio à ofensiva de Putin. “Isso não é apenas uma operação militar como eles falam, e sim uma guerra de grande escala que está direcionada para a destruição do nosso povo, das nossas cidades. Por isso eu tenho direito de comparar nossa guerra, nossa sobrevivência, com a Segunda Guerra Mundial”, disse. Durante a sua fala, o mandatário ucraniano também declarou: “Entendemos como se uniram as histórias de ucranianos e judeus no passado e agora nessa época difícil. Nós vivemos em condições diferentes, mas temos a mesma ameaça, na terra de vocês (Israel) e na nossa terra [Ucrânia]. Eu gostaria que vocês pensassem sobre essa data, sobre a invasão da Rússia na Ucrânia. Esse dia entrou para a história como uma tragédia na Ucrânia. No dia 24 de fevereiro de 1920 foi criado um partido na Alemanha que começou a criar uma nação e destruir outra.”

“Ouça o que está sendo dito agora em Moscou, ouça como eles estão dizendo essas palavras novamente: a solução final. Mas desta vez em relação a nós, à questão ucraniana”, ressaltou Zelensky ainda em seu pronunciamento, sem citar nenhuma evidência sobre a terminologia nazista. A referência de Zelensky ao Holocausto, que resultou na morte de seis milhões de judeus pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, foi condenada pelo Yad Vashem. Ele disse que tais “declarações irresponsáveis” banalizaram os fatos históricos.

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