Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Última integrante do grupo antinazista Rosa Branca morre aos 103 anos

Segundo o presidente da Alemanha, Traute Lafrenz foi uma das poucas que 'teve coragem de enfrentar' os crimes do nazismo

Por Da Redação
Atualizado em 10 mar 2023, 18h39 - Publicado em 10 mar 2023, 17h41

A última sobrevivente do movimento antinazista Rosa Branca, Traute Lafrenz, morreu nesta segunda-feira, 6, aos 103 anos, informou obituário publicado no The Charles Post and Courier. Depois da II Guerra, Lafrenz emigrou para os Estados Unidos e se casou com o médico Vernon Page, que posteriormente se aposentou na Carolina do Sul.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, expressou condolências à família nesta sexta-feira e descreveu Lafrenz como uma “mulher maravilhosa e imensuravelmente corajosa”.

“Sua mãe foi uma das poucas que, diante dos crimes do nazismo, teve a coragem de ouvir sua consciência e enfrentar a ditadura, o fascismo e a guerra”, disse Steinmeier aos filhos de Lafrenz.

Em sua homenagem, ele também reiterou que as ações de Lafrenz serviram de “inspiração para os jovens que fazem campanha por liberdade e democracia nos dias de hoje”.

Continua após a publicidade

+ Campanha joga luz sobre intolerância no Dia de Memória do Holocausto

Nascida em Hamburgo em 3 de maio de 1919, ela se mudou para Munique aos 22 anos para estudar medicina e em seguida conheceu Hans Scholl. Por meio dele, conheceu outros estudantes que também se opunham aos nazistas. Meses depois, participou dos arriscados esforços do Rosa Branca, um grupo de caráter não violento que surgiu na Alemanha durante a II Guerra para distribuir panfletos denunciando Hitler e seu regime.

Em 1943, vários membros, incluindo Hans e sua irmã Sophie Scholl, foram executados por suas atividades. Lafrenz também chegou a ser presa pelo polícia, mas conseguiu esconder o verdadeiro envolvimento com o grupo e foi condenada a apenas um ano de prisão.

Continua após a publicidade

+ Comunidade judaica homenageia vítimas do Holocausto em novo memorial no RJ

Depois de solta, ela foi novamente detida até que as tropas americanas a libertaram de uma prisão em Bayreuth, em abril de 1945, dias antes do fim da II Guerra. Quando emigrou para os EUA, Lafrenz trabalhou em um hospital em San Francisco, morando mais tarde em Hayfork, na Califórnia, e depois em Evanston, Illinois.

De acordo com o obituário, ela deixou uma filha e três filhos, além de vários netos e bisnetos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.