Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

UE diz que não aceitará referendo. EUA mandam alerta a Putin

Casa Branca afirma que Rússia pode esperar por sanções nesta semana - e que a economia do país sofrerá com as consequências

Por Da Redação
16 mar 2014, 13h54

Atualizado às 15h05

Estados Unidos e União Europeia afirmaram neste domingo que não vão reconhecer o resultado do referendo na Crimeia, uma vez que a votação é considerada ilegítima. Em telefonema ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, o secretário de Estado americano John Kerry disse que, sob as leis ucranianas, o referendo é “ilegal”, motivo pelo qual Washington não reconhecerá seu resultado. Em comunicado, as principais autoridades da União Europeia seguiram o tom americano. Os ministros do Exterior do bloco avaliarão em reunião nesta segunda as medidas cabíveis. A votação foi encerrada às 20 horas locais (15 horas em Brasília).

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, também pediram à Rússia que diminua suas forças armadas para os números pré-crise e para áreas usuais de implantação.

Leia ainda:

Rússia e EUA não têm a mesma visão sobre crise na Ucrânia, diz chanceler

O chefe da diplomacia americana também transmitiu a Lavrov sua “profunda preocupação” com as atividades militares russas em território ucraniano denunciadas no sábado por Kiev. Horas antes, a Casa Branca disse que se o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não recuar sobre sua posição na Crimeia, o país enfrentará punições do Ocidente que vão prejudicar a economia russa e diminuir a influência de Moscou no xadrez geopolítico.

Segundo o conselheiro da Casa Branca Dan Pfeiffer disse em uma entrevista para a emissora NBC, os Estados Unidos apoiam o novo governo da Ucrânia “de todas as maneiras possíveis” e essa relação está no topo da lista de prioridades do presidente Barack Obama. Mesmo assim, uma ajuda de US$ 1 bilhão prometida ao governo ucraniano ainda está paralisada, em função de um impasse no Congresso norte-americano.

Pfeiffer disse que Putin ainda tem uma escolha: “Ele vai continuar se isolando ainda mais, prejudicando sua economia, diminuindo a influência russa no mundo, ou vai fazer a coisa certa?”, comentou.

Leia também:

Rússia realiza novo exercício militar perto da Ucrânia

Continua após a publicidade

Obama recebe premiê ucraniano e alerta Rússia para ‘custos’ de violar leis internacionais

UE aprova termos para sanções à Rússia

Segundo as previsões, o resultado será favorável à anexação. Os resultados definitivos serão anunciados durante a manhã de segunda-feira, anunciou a comissão eleitoral. “É um momento histórico, todo mundo será feliz”, disse o primeiro-ministro pró-Moscou da Crimeia, Serguei Axionov, depois de votar na capital Simferopol.

A Crimeia foi historicamente parte da Rússia até que a União Soviética cedeu o território à Ucrânia em 1954, por decisão de Nikita Krushceov. Moscou, no entanto, manteve no porto de Sebastopol a base de sua frota no Mar Negro. A população em sua maioria fala russo e é favorável à anexação. As minorias ucraniana e tártara, que representam 37% da população, pediram o boicote do referendo.

(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.