Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Turquia condena 2.000 pessoas à prisão perpétua desde tentativa de golpe

Mais de 55.000 pessoas foram presas e 140.000 demitidas ou suspensas pela repressão comandada por Ancara

Por Da Redação
Atualizado em 18 dez 2018, 15h20 - Publicado em 18 dez 2018, 14h55

Quase 2.000 pessoas foram condenadas à prisão perpétua na Turquia desde a fracassada tentativa de golpe contra o presidente Recep Tayyip Erdogan, em julho de 2016, informou nesta terça-feira, 18, a imprensa estatal do país.

Ancara acusa o pregador Fethullah Gülen, que vive no exílio nos Estados Unidos há cerca de 20 anos, de estar por trás da tentativa de golpe.

Desde o levante fracassado, as autoridades turcas realizaram expurgos sem precedentes contra supostos partidários de Gülen, que nega qualquer envolvimento no caso. Mais de 55.000 pessoas foram presas e 140.000, demitidas ou suspensas.

Cerca de 80% dos processos contra militares abertos pelo Ministério Público do país após o golpe já foram concluídos. Foram impostas sentenças de prisão superiores a um ano e dois meses para um total de 3.057 pessoas. Ainda há 50 ações em curso.

Entre os soldados sentenciados como culpados até agora, 978 foram condenados à prisão perpétua e outros 956 à “prisão perpétua agravada”, que é a máxima condenação possível no ordenamento jurídico turco e aumenta o tempo mínimo de qualificação para condicional.

Por outro lado, a imensa maioria dos detidos depois por suposto envolvimento na tentativa de golpe não é militar, mas civil. Segundo números do Ministério do Interior da Turquia, em abril havia 77.081 pessoas em prisão preventiva sob acusações de golpismo. O número de soldados em prisão preventiva se aproxima dos 7.000, entre eles 167 generais.

Continua após a publicidade

Além das pessoas presas por suposta ligação com o movimento de Fethullah Gülen, a repressão após o golpe também afetou os opositores pró-curdos e meios de comunicação, gerando críticas de países europeus e de organizações que defendem os direitos humanos.

Os expurgos continuam mais de dois anos após o golpe fracassado. Nesta terça-feira, um juiz determinou a prisão preventiva de 118 dos 216 militares detidos desde a última sexta-feira 14 sob a acusação de manterem vínculos com Gülen.

Um dos últimos condenados é um sobrinho do clérigo, Selman Gulen, que nesta terça-feira foi sentenciado a sete anos e meio de prisão por “pertencer a um grupo terrorista armado”, disse Anadolu.

Continua após a publicidade

(Com EFE e AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.