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Trump vai à fronteira defender muro e cancela presença em Davos

Presidente americano ameaça declarar estado de emergência a fim de conseguir os 5,7 bilhões de dólares para cumprir promessa de campanha

Por Da Redação
Atualizado em 10 jan 2019, 19h06 - Publicado em 10 jan 2019, 18h48

Depois de ameaçar declarar estado de emergência em seu país, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viajou nesta quinta-feira, 10, ao Texas, na fronteira com o México, para defender seu projeto de construção de um muro de aço entre os dois países.

Trump mantém o governo federal paralisado enquanto a oposição democrata resiste em incluir os 5,7 bilhões necessários para a obra no orçamento de 2019. A declaração de emergência contornaria a necessidade de aprovação do Congresso para a Casa Branca obter esses recursos, segundo o jornal Washington Post.

Antes de seu embarque para McAllen, no Texas, Trump cancelou seu compromisso de participar neste mês no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

“Por causa da intransigência dos democratas sobre segurança na fronteira e da grande importância da segurança para a nossa nação, estou respeitosamente cancelando minha muito importante visita a Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial”, escreveu Trump no Twitter.

Os Estados Unidos estão nesta quinta-feira no seu 19º dia de paralisia do governo federal. Seus órgãos e agências não têm recursos para despesas correntes e salários e suspenderam a maioria dos serviços públicos, inclusive de pagamento de benefícios sociais, como o selo alimentação.

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Questionado pela imprensa se decretaria estado de emergência nos Estados Unidos para contornar a aprovação do Congresso aos recursos necessários, Trump indicou que este poderá ser o caminho, apesar de seus desdobramentos legais.

“Se eu tiver de fazer, farei. Obviamente, eles (os democratas) não vão assinar um cheque”, afirmou. “Se isso não funcionar (as negociações), provavelmente eu farei isso. Eu quase diria que sim”, completou, ciente dos possíveis processos judiciais que teria de enfrentar.

Os Estados Unidos vivem o primeiro confronto entre o republicano Trump e a oposição democrata no Congresso, agora maioria na Câmara dos Deputados. De olho nas eleições de 2020, Trump quer o muro – uma de suas principais promessas da campanha de 2016 para conter a imigração ilegal – construído. A oposição alega questões humanitárias e resiste a definir receita orçamentária.

Em negociação com os democratas na Casa Branca, na quarta-feira, o presidente americano bateu na mesa e deixou a sala diante da intransigência da oposição. No Twitter, disse ter sido uma “perda total de tempo”.

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Em uma instalação da Patrulha da Fronteira em McAllen, Trump insistiu nesta quinta-feira que o muro será pago pelo México por meio do acordo de livre comércio que substituiu o Nafta, que inclui também o Canadá.

O acordo USMCA, no entanto, ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, onde os democratas da Câmara já estão prontos para causar dificuldades. E mesmo que seja adotado, dificilmente gerará recursos necessários para cobrir qualquer despesa.

(Com Reuters)

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