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Conselheiro de Trump visita a Turquia em meio a tensões diplomáticas

Segundo o presidente turco Erdogan, declarações de John Bolton em defesa da minoria curda são 'inaceitáveis e impossíveis de digerir'

Por Da Redação
Atualizado em 8 jan 2019, 11h37 - Publicado em 8 jan 2019, 11h19

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, se encontrou com autoridades da Turquia, nesta terça-feira 08, para planejar condições de retirada das tropas americanas na Síria. Bolton chegou ao país já na noite de segunda-feira 7 para uma coletiva de imprensa conjunta, cancelada de última hora.

Um mal-estar foi criado após o presidente turco, Recep Erdogan, criticar declarações do conselheiro com exigências no tratamento da Turquia em relação à minoria curda – que são aliados americanos no combate do Estado Islâmico na região. O mandatário da Turquia declarou que o posicionamento de Bolton tinha palavras “inaceitáveis e impossíveis de digerir”.

O conselheiro John Bolton chegou a Ancara com o objetivo de obter um acordo que favoreça os curdos, o que fez Erdogan mudar de tom, criticando as declarações do conselheiro em relação a minoria. Pouco depois do fim da reunião desta terça, ele afirmou que as falas de Bolton são “inaceitáveis e impossíveis de digerir”.

Acompanhado de membros do alto escalão das Forças Armadas, ele conduz as conversas com Ibrahim Kalin, representante do presidente Erdogan. Segundo o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Garrett Marquis, os dois tiveram uma “discussão produtiva a respeito da decisão americana de se retirar da Síria.”

Marquis disse, ainda, que ambos os lados identificaram novas questões a ser debatidas e que os Estados Unidos desejam frequentes discussões entre as forças militares dos países.

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Em dezembro passado, o presidente Erdogan havia elogiado Donald Trump por decidir retirar cerca de 2.000 soldados americanos do norte sírio, deixando claro que a saída devia ser feita com a ajuda dos “parceiros certos”. Mas, na última segunda, contrariando suas afirmações iniciais sobre um processo rápido, o líder americano escreveu que a retirada será feita de maneira “prudente”.

A declaração acompanhou as falas de John Bolton durante visita a Israel, em que ele disse ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que a saída não iria acontecer antes que “o Estado Islâmico não seja capaz de renascer” e também colocou como exigência a garantia de segurança dos aliados americanos na região, que incluem a minoria curda, alvo da Turquia.

“Nós não achamos que os turcos devam tomar ações militares que não estejam alinhadas e em concordância om os Estados Unidos”, Bolton declarou a repórteres em Jerusalém no domingo 06.

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O conselheiro chegou a Ancara com o objetivo de obter um acordo que favoreça os curdos, o que fez Erdogan mudar de tom, criticando as declarações do conselheiro em relação a minoria. Pouco depois do fim da reunião desta terça, ele afirmou que as falas de Bolton são “inaceitáveis e impossíveis de digerir”.

A aliança americana com a guerrilha YPG, que ajudou a treinar e armar, é um dos maiores imbróglios na diplomacia entre Washington e Ancara, por sua conexão ao Partido Trabalhista Curdo (PKK). Desde 1984, o PKK está envolvido em uma guerra com a Turquia que já deixou mais de 40.000 mortos.

Ancara não escondeu sua intenção de lançar uma ofensiva contra os curdos, pois teme a formação de um Estado independente dessa minoria na Síria.

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