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Trump ordenou que vídeos de investigação fossem deletados, diz procurador

Revelação acontece em meio ao cerco contra ex-presidente e novas acusações contra funcionário por ajudar a esconder documentos secretos

Por Da Redação
28 jul 2023, 08h28

O ex-presidente americano ordenou que funcionários de seu resort na Flórida deletassem vídeos das câmeras de segurança em meio à investigação por posse de documentos secretos, afirmaram procuradores na quinta-feira, 27. A revelação acontece em meio ao cerco contra o republicano e acusações contra um funcionário por ajudar a esconder os documentos.

O procurador especial Jack Smith apresentou três novas acusações criminais contra Trump, elevando o total para 40, e também acusou Carlos de Oliveira, um funcionário da manutenção do resort Mar-a-Lago, na Flórida, de conspiração para obstrução da Justiça.

+ Indiciamento à vista: advogados de Trump se reúnem com Justiça dos EUA

Segundo o processo, Oliveira, de 56 anos, teria dito a outro funcionário do resort que “o chefe” queria que os vídeos de segurança da propriedade fossem deletados, depois de intimação do Departamento de Justiça. Ele também foi acusado de mentir para o FBI durante uma entrevista voluntária, alegando falsamente que não tinha envolvimento na movimentação de caixas de documentos.

As acusações foram divulgadas poucas horas depois que Trump disse que seus advogados se encontraram com funcionários do Departamento de Justiça para investigar tentativas de reverter a derrota nas eleições de 2020 para o democrata Joe Biden, um indício de possíveis novas acusações em breve.

Em coletiva de imprensa, um funcionário do tribunal federal em Washington, onde está o grande júri que investiga Trump no caso eleitoral, disse que nenhuma acusação seria feita ainda na quinta-feira. Mas é comum que a defesa de um investigado se reúna com promotores federais antes de uma acusação, como os advogados de Trump fizeram quatro dias antes de ele ser acusado de desviar ilegalmente os documentos secretos da Casa Branca, em junho.

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+ Ex-advogado de Trump admite ter difamado funcionárias eleitorais

Trump é o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a enfrentar acusações criminais e já foi indiciado duas vezes neste ano, uma em Nova York por subornos a uma atriz pornô e outra pelo caso dos documentos confidenciais. No entanto, seus enroscos judiciais não prejudicaram sua campanha eleitora. Ele ainda é o favorito na corrida pela indicação republicana para desafiar o presidente democrata Joe Biden nas eleições de 2024.

Pelo contrário, a vantagem de Trump sobre o rival mais próximo, o governador da Flórida, Ron DeSantis, aumentou. Uma pesquisa Reuters/Ipsos no início deste mês mostrou o líder do Partido Republicano à frente de seu ex-aliado por 47% a 19% entre os eleitores republicanos, uma vantagem maior do que sua vantagem de 44% a 29% antes do primeiro indiciamento, em março.

Trump disse em sua rede social, Truth Social, que o Departamento de Justiça não disse a seus advogados quando ocorrerá a acusação.

+ Julgamento de Trump será em maio de 2024, meses antes da eleição nos EUA

“Meus advogados tiveram uma reunião produtiva com o Departamento de Justiça esta manhã, explicando em detalhes que não fiz nada de errado, fui aconselhado por muitos advogados e que uma acusação contra mim só destruiria ainda mais nosso país”, escreveu em uma postagem. “Nenhuma indicação de notificação foi dada durante a reunião.”

Funcionários testemunharam que, durante seus últimos meses no cargo, Trump os pressionou com falsas alegações de fraude. Seus apoiadores atacaram o Capitólio de Washington D.C., sede do Congresso, em 6 de janeiro de 2021, em tentativa de impedir os legisladores de certificar os resultados eleitorais.

Além disso, o republicano alega que as muitas investigações contra ele representam uma caça às bruxas com motivação política. Trump nega qualquer irregularidade.

Em mais um caso, um promotor da Geórgia também investiga as tentativas do ex-presidente e seus aliados de anular sua derrota naquele estado nas eleições de 2020.

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