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Trump encerra viagem ao Japão com visita a tropas

Presidente americano incluiu estabelecimentos militares em sua agenda no momento em que cresce o poderio militar chinês na região

Por AFP 28 Maio 2019, 02h39
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  • O presidente americano, Donald Trump, visitou, nesta terça-feira 28, uma base militar e navios, em uma demonstração de força no encerramento de sua viagem ao Japão.

    Trump incluiu em sua agenda visitas à base naval americana de Yokosuka, ao navio porta-helicópteros japonês JS Kaga e ao navio americano de combate USS Wasp, no momento em que cresce o poderio militar chinês na região.

    O presidente também telefonou para se despedir de Naruhito, após se tornar o primeiro líder estrangeiro a ser recebido pelo novo imperador japonês, uma honra que o primeiro-ministro Shinzo Abe atribuiu aos profundos laços econômicos e estratégicos entre os dois países.

    Finalmente, Trump e sua mulher, Melania, subiram no avião presidencial no Aeroporto de Haneda para retornar a Washington. O Air Force One fará uma escala técnica no Alasca.

    Na segunda-feira, Trump afirmou que não busca uma “mudança de regime” no Irã, apesar das tensões, e declarou que Kim Jong Un, líder norte-coreano, é um “homem muito inteligente”, consciente de que deve abandonar as armas nucleares.

    Após uma reunião com Abe, o presidente americano deu a sensação de que gostaria de reduzir as tensões em duas questões geopolíticas cruciais da atualidade, apesar do contexto de escalada verbal entre Estados Unidos e o governo do Irã, assim como dos recentes lançamentos de mísseis pelo regime da Coreia do Norte.

    “Não buscamos uma mudança de regime, quero que isto fique claro, estamos tentando que não existam armas nucleares”, declarou Trump em referência ao Irã, antes de afirmar que “não busca prejudicar” Teerã e expressar confiança em um possível acordo entre as partes.

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    Trump também abriu a porta à possibilidade de negociar com o governo iraniano ao afirmar que “se quiserem conversar, vamos conversar”.

    Washington decidiu enviar 1.500 militares adicionais ao Oriente Médio. A crise entre Irã e EUA não para de aumentar desde que Trump decidiu retirar unilateralmente seu país do acordo sobre o programa nuclear iraniano e ordenar novas sanções contra o Irã.

    Agora, o presidente americano parece apoiar a ideia de que o primeiro-ministro nipônico atue como mediador no assunto. De acordo com informações da imprensa, Shinzo Abe estaria considerando a possibilidade de viajar ao Irã para negociar.

    “Veremos o que acontece. Sei que o primeiro-ministro (Abe) é próximo dos líderes iranianos. Ninguém quer que aconteça algo terrível, especialmente eu”, disse Trump antes do encontro com Abe.

    “Tremendo potencial econômico”

    Ao mesmo tempo, Trump se mostrou conciliador com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, apesar dos dois testes recentes de mísseis de curto alcance por parte do regime de Pyongyang.

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    Em uma mensagem no Twitter, o presidente americano afirmou que Pyongyang “lançou pequenas armas”, minimizando os testes, que provocaram alarmes em toda a região.

    Kim “busca criar uma nação com uma grande força econômica”, declarou Trump, reiterando que observa um “tremendo potencial econômico” na Coreia do Norte.

    “Sabe que com o nuclear […] só podem acontecer coisas ruins. É um homem muito inteligente, entende bem”, declarou o presidente americano, que inclusive apoiou o norte-coreano em suas críticas a Joe Biden, que pode ser o adversário de Trump na eleição presidencial de 2020.

    “Kim Jong Un declarou que Joe Biden é um indivíduo com baixo quociente de inteligência. Provavelmente é, em virtude de sua experiência, acredito que concordo com ele (Kim) nisto”, disse o presidente.

    Negociações comerciais

    Abe espera que as boas relações diplomáticas com Trump beneficiem o Japão nas delicadas negociações comerciais entre a primeira e a terceira economias do mundo.

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    Trump admitiu no Twitter que dificilmente seria anunciada uma solução para as divergências comerciais antes de julho, quando o Japão celebrará eleições legislativas.

    Assim mesmo, o americano comemorou a compra de 105 aviões de combate americanos F-35 pelo Japão.

    Com este novo pedido, após a aquisição de 42 F-35 em 2011, o Japão vai se tornar no maior comprador internacional deste avião de combare de quinta geração.

    Por outro lado, ao citar as negociações comerciais abertas com a China, mais complicadas, Trump se mostrou otimista sobre a assinatura de um acordo com este país.

    “Penso que dentro de algum tempo, China e Estados Unidos fecharão um acordo comercial formidável e esperamos este momento com entusiasmo”, disse.

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    Pequim reagiu e afirmou que qualquer negociação comercial com Washington deve estar baseada no “respeito mútuo” e igualdade.

    Na segunda-feira, Trump se tornou o primeiro governante estrangeiro a ter um encontro com o novo imperador do Japão, Naruhito, o que descreveu como uma “grande honra”.

    O novo chefe da casa imperial japonesa ascendeu ao Trono de Crisântemo no início de maio, depois da abdicação de seu pai, o imperador Akihito.

    A segunda-feira foi o primeiro dia da agenda oficial para os dois líderes, após um fim de semana de sumô, golfe e restaurantes. No domingo, Trump afirmou que estava passando um dia “genial” com seu amigo e aliado Abe.

    Na parte da noite, Trump chegou ao palácio imperial japonês acompanhado pela esposa Melania para um banquete de Estado.

    O imperador e Trump pronunciaram um brinde, com o americano pronunciando algumas palavras em japonês.

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