O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve assinar nesta terça-feira uma ordem executiva que suspende, rescinde e reformula medidas de proteção ambiental do governo de seu antecessor, Barack Obama. Como defendeu durante a campanha, o republicano pretende impulsionar a produção nacional de energia através da emissão de carbono e aumentar a quantidade de empregos no país, com de regras mais brandas em relação à política ambiental.
Como parte do decreto, previsto para ser assinado na tarde hoje, Trump deve iniciar uma revisão do Plano de Energia Limpa, que restringe a emissão de gases de efeito estufa em usinas de carvão. Além disso, irá rescindir decretos de Obama, como o texto de setembro de 2016 que alertava sobre as mudanças climáticas como ameaça de segurança nacional e a medida que visava preparar o país para os impactos do aquecimento global.
Segundo uma fonte do governo, a equipe de Trump ainda discute a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, uma promessa de campanha. No passado, o magnata já afirmou que considera o aquecimento global uma “farsa” inventada pelos chineses e criticou diversas vezes as leis sobre as usinas de energia como um ataque aos trabalhadores americanos e à indústria do carvão, que passa por dificuldades.
De acordo com a rede CNN, a administração de Trump acredita que o governo pode “servir o meio-ambiente” e aumentar a independência energética dos Estados Unidos simultaneamente. “Acho que o presidente foi bem claro que não irá perseguir políticas de mudanças climáticas que colocam a economia americana em risco”, disse uma fonte do governo à emissora.
(Com Estadão Conteúdo)
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