Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Trump atiça campanha e ameaça enviar até 15.000 homens à fronteira

A cinco dias das eleições legislativas, presidente americano também insiste em abolir o direito à cidadania para filhos de migrantes nascidos nos EUA

Por Da Redação
Atualizado em 1 nov 2018, 09h43 - Publicado em 1 nov 2018, 08h57
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Donald Trump levou nesta quarta-feira o seu discurso eleitoral contra a imigração a um novo nível, com a ameaça de mobilizar até 15.000 homens na fronteira dos Estados Unidos com o México, em um momento em que várias caravanas migratórias se aproximam do país.

    “Há muitas pessoas terríveis nestas caravanas. Não são anjos”, disse o presidente na noite desta quarta-feira em Fort Myers, Flórida, sobre os emigrantes dos países pobres da América Central que dirigem aos Estados Unidos em busca de uma vida melhor ou para escapar da violência.

    “Mas estamos nos preparando para estas caravanas, não se preocupem”, declarou Trump no comício na Flórida.

    A menos de uma semana para as eleições de meio de mandato, que se anunciam apertadas e nas quais o governista Partido Republicano pode perder o controle do Congresso, Trump tem buscado colocar a imigração no centro do debate político.

    Enquanto pressiona o México para impedir a passagem de migrantes centro-americanos, Trump anunciou nesta quarta-feira que em “relação à caravana, os nossos militares estão mobilizados”. “Temos 5.000 e vamos até 10.000 ou 15.000”, declarou dos jardins da Casa Branca antes de viajar à Flórida para um comício.

    A gestão da segurança na fronteira sul, em geral, não envolve tropas em atividade e um contingente de 15.000 homens equivaleria ao contingente dos Estados Unidos no Afeganistão.

    Continua após a publicidade

    Durante o dia, Trump reiterou a sua vontade de abolir o direito constitucional à cidadania para filhos de migrantes nascidos em território americano.

    Esse direito está consagrado na 14º Emenda à Constituição e uma reforma constitucional iria precisar da maioria de dois terços do Congresso.

    “O chamado direito de cidadania por nascimento, que custa ao nosso país bilhões de dólares, é muito injusto com nós cidadãos e vai acabar de uma forma ou de outra”, tuitou Trump. “Este caso será resolvido pela Suprema Corte!”, prometeu.

    O debate também sacudiu o Partido Republicano e, na terça-feira, Paul Ryan, chefe da Câmara de Representantes, disse que esse direito não pode ser retirado com uma ordem executiva.

    Continua após a publicidade

    Trump respondeu nesta quarta o seu correligionário dizendo é melhor se focar em manter a maioria republicana no Congresso nas eleições legislativas de 6 de novembro. “Paul Ryan deveria se concentrar em manter a maioria ao invés de opinar sobre o direito à nacionalidade por nascimento, um teme sobre o qual não sabe nada”, afirmou o presidente americano.

    A Liga de Cidadãos Latino-Americanos (Lulac) prometeu recorrer à Justiça caso houvesse qualquer tentativa de socavar o direito à cidadania.

    O Departamento de Segurança Interior (DHS) descreveu a situação atual na fronteira como uma “crise sem precedentes”. Contudo, segundo seus dados, o número de imigrantes em situação ilegal interceptados em 2018 foi de 400.000, frente a uma cifra de 1,6 milhão de pessoas em 2000.

    Migração forçada

    A pobreza e a violência no chamado Triângulo do Norte centro-americano (El Salvador, Honduras e Guatemala), levou à fuga famílias inteiras e, em muitos casos, crianças desacompanhadas que empreenderam uma perigosa viagem em direção aos Estados Unidos.

    Continua após a publicidade

    Em 13 de outubro, uma caravana de migrantes que saiu de San Pedro Sula, em Honduras, teve uma grande repercussão midiática e chamou a atenção de Trump que, desde então, se refere ao tema quase diariamente.

    Segundo a ONU, a caravana chegou a ter 7.000 migrantes, mas, na segunda-feira, as autoridades americanas estimaram que era composta por 3.500 pessoas que, atualmente, avançam pelo estado de Oaxaca, no sul do México.

    Um segundo grupo de migrantes, composto por cerca de 2.000 indivíduos, avança por Chiapas, o estado mexicano que faz fronteira com a Guatemala.

    Em seus tuítes matinais, Trump também se referiu ao papel do México na hora de frear os migrantes que saem da América Central.

    Continua após a publicidade

    “As caravanas estão compostas por alguns guerreiros muito experientes e outras pessoas (…) Os soldados mexicanos feridos não puderam, ou não quiseram, impedir a caravana”, disse. “Deveriam tê-los detido antes de chegarem à nossa fronteira, mas eles não vão conseguir!”, advertiu.

    A essas duas caravanas se somam uma marcha de salvadorenhos que saiu de seu país no domingo, e outros dois grupos que somam 2.000 pessoas que partiram nesta quarta de San Salvador.

    Para a encarregada de Assuntos Migratórios do Instituto de Direitos Humanos da Universidade Centro-americana (IDHUCA) de San Salvador, Karen Sánchez, o país está diante de uma “migração forçada” sem precedentes.

    “As pessoas não têm mais oportunidades de viver com direito à segurança, ao trabalho, ou seja, com o direito a uma vida digna”, afirmou.

    (Com AFP)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.