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Trump afirma que ‘não descarta’ proibir voos brasileiros para os EUA

'Não desejamos que pessoas venham aqui e infectem outras pessoas. Não quero pessoas doentes lá também', disse o presidente americano

Por Agência Brasil 19 Maio 2020, 22h56

Em reunião de gabinete aberta à imprensa na noite desta terça-feira, 19, o presidente americano Donald Trump se solidarizou com o alastramento da Covid-19 pelo Brasil e afirmou que a restrição total de voos vindos do país para os Estados Unidos, em especial para a Flórida – destino preferido dos brasileiros – não está descartada.

Questionado sobre a ascensão do Brasil no ranking de pessoas contaminadas, Trump afirmou que “sim, estamos considerando [a restrição de voos originários do Brasil]. Eles [os brasileiros] estão tendo problemas. Estamos preocupados com tudo. Não desejamos que pessoas venham aqui e infectem outras pessoas. Não quero pessoas doentes lá também. O Brasil está tendo problemas, sem dúvida”, afirmou o presidente.

Donald Trump afirmou ainda que há uma correlação entre o rápido aumento no número de casos nos Estados Unidos e a testagem massiva da população. “Se estivéssemos fazendo um milhão de testes, ao invés de 14 milhões que fizemos, teríamos um número muito menor. Eu acho que há um certo mérito nisso, temos um número alto porque é resultado do trabalho e eficiência dos vários profissionais envolvidos”, argumentou.

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Sem lockdown

Trump citou ainda o caso da Suécia, que se tornou modelo de combate à Covid-19 sem ter instituído o lockdown por medidas regulatórias obrigatórias, apenas com conscientização popular. “A Suécia teve uma abordagem diferente. Mas a Suécia também apresentou um número maior de mortes [do que vizinhos da Escandinávia]. Mas eles também lidaram bem com a doença. Há mortes das duas maneiras: com e sem lockdown”, completou.

Hidroxicloroquina

Questionado sobre a eficácia médico-científica da hidroxicloroquina em pacientes infectados pelo novo coronavírus, o presidente dos Estados Unidos – que revelou publicamente que tem tomado o medicamento preventivamente há cerca de duas semanas – foi enfático: “Os números são incríveis. Houve um estudo falso feito com pessoas muito doentes, pessoas que estavam prontas para morrer. Todos eram velhos e com problemas diversos, como diabetes e problemas cardíacos. Ótimos estudos vieram da Itália, França, Espanha e também daqui”, informou.

“É uma droga muito barata, custa quase centavos. Ela é aprovada há cerca de 70 anos, e aparentemente é bem segura, em especial para a linha de frente [no combate ao novo coronavírus]”.

Sobre o uso da substância em estágios iniciais da doença – diferentemente do protocolo brasileiro atual, que indica a combinação de hidroxicloroquina com azitromicina e zinco apenas para pacientes em estado grave -, Trump falou: “vocês deveriam olhar alguns dos estudos [sobre hidroxicloroquina no combate à covid-19 em estágios iniciais da doença]. Eles são incríveis. De qualquer maneira, a decisão [de tomar o medicamento] cabe às pessoas”, concluiu.

A reportagem contatou o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil mas ainda não recebeu resposta.

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