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Tropas sírias entram em Idleb durante a missão em Damasco de Kofi Annan

O exército sírio tomou neste sábado a cidade rebelde de Idleb, ao final de um violento bombardeio, apesar da presença, em Damasco, do emissário internacional Kofi Annan, que expressou “profunda preocupação” com a repressão à revolta popular. O anúncio por militantes da tomada de Idleb (noroeste), cercada há dias pelo exército, ocorreu depois das declarações […]

Por Jewel Samad
10 mar 2012, 18h19
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  • O exército sírio tomou neste sábado a cidade rebelde de Idleb, ao final de um violento bombardeio, apesar da presença, em Damasco, do emissário internacional Kofi Annan, que expressou “profunda preocupação” com a repressão à revolta popular.

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    O anúncio por militantes da tomada de Idleb (noroeste), cercada há dias pelo exército, ocorreu depois das declarações do presidente Bashar al-Assad de excluir uma solução política para a crise antes de acabar com os “grupos terroristas”, em alusão aos opositores.

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    Segundo comunicado da ONU em Nova York, Annan, qualificou as conversações efetuadas neste primeiro encontro com o presidente sírio de “francas e exaustivas”, e se reunirá novamente com Assad neste domingo.

    A violência deixou, neste sábado, pelo menos 62 pessoas mortas, em maioria soldados e rebeldes, informou o Observatório sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

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    Pelo menos 21 desertores, 19 soldados e 15 civis foram mortos, em maioria em combates na província de Idleb (noroeste), onde o exército uma violenta ofensiva para esmagar a rebelião, disse à AFP Rami Abdel Rahmane, presidente do OSDH.

    Outros sete civis morreram em outras cidades do país, completou Rahman.

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    Há vários dias, as tropas do regime se concentram nesta província montanhosa na fronteira com a Turquia, e os militantes temem que se repita a ofensiva realizada pelas tropas regulares contra Baba Amr, o bairro rebelde de Homs (centro), tomado no dia 1 de março, ao final de um mês de cerco.

    Idleb é um dos bastiões do protesto e, desde o alvorecer, sofria “bombardeios, os mais duros desde o envio de reforços de tropas nesta semana”.

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    No primeiro encontro deste sábado entre Assad e Annan, que visitou Damasco pela primeira vez desde a nomeação em fevereiro como emissário da ONU e da Liga Árabe, o presidente sírio disse que seu país “está pronto para apoiar qualquer esforço sincero destinado a chegar a uma solução”.

    Advertiu, no entanto, que “nenhum diálogo ou processo político poderá ter sucesso se existirem grupos terroristas que agem para semear o caos e a desestabilização, atacando civis e militares”, segundo a agência oficial Sana.

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    Annan, ex-secretário-geral da ONU, “pôs várias propostas sobre a mesa para pôr fim à violência” que fez 8.500 mortos em um ano, a maioria civis, segundo números do OSDH.

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    Devido a posições antagônicas dos protagonistas e as divisões entre as potências mundiais, a missão de Annan não parece simples.

    Desde o começo da revolta, no dia 15 de março de 2011, as autoridades se recusam a reconhecer a amplitude do protesto e veem a oposição ao regime como “grupos terroristas” manipulados do exterior.

    Segundo Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, a missão de Annan, apoiada pelas potências ocidentais e a Rússia, tem como prioridade “um cessar-fogo imediato”, além de encontrar uma “solução política global” e negociar “o acesso de uma ajuda humanitária”.

    Annan deixará Damasco no domingo, depois de reunir-se com dirigentes do governo sírio e da sociedade civil. Segundo um diplomata turco, ele poderá visitar os acampamentos de refugiados sírios na fronteira com a Turquia.

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