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Toulouse: escola judaica recebe mensagens antissemitas

Instituição era alvo de ofensas antes do ataque de atirador que matou quatro

Por Da Redação
28 mar 2012, 09h06
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  • A polícia está investigando telefonemas e e-mails antissemitas recebidos pela escola judaica Ozar Hatorah de Toulouse (sul da França), onde Mohamed Merah matou quatro pessoas, informou nesta quarta-feira o procurador da cidade, Michel Valet. Segundo o Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (CRIF), a escola já era alvo de tais mensagens agressivas antes do ataque de 19 de março, mas elas se multiplicaram nos últimos dias.

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    Entenda o caso

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    1. • No dia 19 de março, Mohamed Merah invadiu uma escola judaica de Toulouse (sul da França) e matou 1 adulto e 3 crianças.
    2. • Logo descobriu-se que foi ele também o responsável pelas mortes de 3 soldados, também judeus, poucos dias antes.
    3. • Três dias depois do último ataque, o jovem de 23 anos foi cercado pela polícia no apartamento onde morava, e morto em uma operação que durou mais de 30 horas.
    4. • Segundo o governo francês, Merah pertencia à Al Qaeda e disse que matou para vingar crianças palestinas e protestar contra o envio de tropas ao Afeganistão.

    A direção da instituição apresentou uma queixa judicial no dia 26 de março, informou o procurador de Toulouse, acrescentando que ele ordenou “imediatamente uma investigação para encontrar a origem desses telefonemas e dessas mensagens”. No entanto, o procurador não informou o número de telefonemas ou mensagens recebidas pela escola, nem deu indicações sobre seu conteúdo.

    Segundo o secretário-geral do CRIF da região, Marc Sztulman, as mensagens não ameaçam diretamente a escola, mas “convocam o assassinato de judeus e fazem relações aleatórias com o conflito palestino-israelense”.

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    Família – Também nesta quarta-feira, o pai de Mohamed Merah afirmou em Argel que nenhuma autoridade francesa tem o direito de exigir que permaneça calado, em uma resposta ao chanceler Alain Juppé. “Nenhuma autoridade francesa tem o direito de pedir que me cale. Sou um cidadão argelino livre em meu país”, disse Mohamed Benalel Merah ao jornal Echoruk.

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    Na segunda-feira, o pai de Merah afirmou que pretendia processar o governo da França pela morte do filho. “Se eu fosse o pai de um monstro semelhante, ficaria calado de vergonha”, respondeu Juppé. “Como uma autoridade desse nível, que se vangloria da democracia e da liberdade de expressão, pode exigir que se cale um pai atormentado pela perda do filho?”, questionou o pai de Mohamed Merah.

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    Mohamed Benalel Merah também admitiu que foi condenado na França por tráfico de drogas em 1999 e que cumpriu pena de cinco anos de prisão. “Qual é o problema? Cometi um erro e a justiça fez seu trabalho”, afirmou.

    (Com agência France-Presse)

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