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Total de casos de Covid em Wuhan pode ter sido 10 vezes maior, diz estudo

Documento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China sugere que coronavírus infectou ao menos 500.000 pessoas durante meses iniciais da pandemia

Por Da Redação
29 dez 2020, 12h35

Um estudo publicado nesta terça-feira, 29, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) da China sugere que o coronavírus infectou ao menos 500.000 pessoas durante os meses iniciais do surto de Covid-19 na cidade de Wuhan, epicentro da pandemia. Isso aumentaria em dez vezes o total de casos confirmados da doença na região.

No estudo sorológico foram testados mais de 34.000 amostras de sangue de voluntários da província de Hubei, onde fica Wuhan, além de Pequim, Xangai e outras quatro províncias. Os resultados para os anticorpos mostraram que das 11.000 pessoas testadas em abril na cidade de Wuhan, 4% delas foram expostas ao vírus.

Quando os números são traduzidos para a realidade, o CDC chinês estima que, dos 11 milhões de habitantes de Wuhan, ao menos 500.000 foram expostos de alguma forma ao vírus. Oficialmente, foram registrados 55.550 casos da doença na cidade.

Nos outros locais onde o teste foi aplicado, o número de infectados ficou abaixo dos 1%, o que, segundo o órgão chinês, demonstra que o combate do governo contra a doença “preveniu efetivamente o vírus de se espalhar pelo país em larga escala”.

Apesar de Pequim defender como sucesso a estratégia interna do país ao ter ordenado a quarentena absoluta na cidade e de ter construído dois hospitais de campanha em menos de duas semanas, um relatório interno e confidencial do governo chinês, vazado à emissora americana CNN, mostrou diversas falhas no gerenciamento da crise que podem ter piorado a situação.

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Atualmente, a China registra 95.773 casos e 4.777 mortos pela Covid-19, segundo a Johns Hopkins University. Nas últimas 24 horas, foram diagnosticados 88 novos casos da doença no país inteiro.

Na segunda-feira, uma jornalista foi condenada a quatro anos de prisão devido ao seu trabalho de cobertura no início do surto em Wuhan. A defesa de Zhang Zhan diz que ela está sendo silenciada, mas o governo afirma que a repórter foi responsável por espalhar desinformação sobre a conduta das autoridades na contenção do vírus.

Zhan cobria principalmente a situação caótica dos hospitais e divulgava seu trabalho nas redes sociais. Em maio, a jornalista foi detida sob a acusação “provocar distúrbios” e de disseminar desinformação. Em junho, para protestar contra sua detenção, ela iniciou uma greve de fome, porém foi alimentada à força por uma sonda.

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