Terroristas matam a pedradas mulher que teria 11 maridos, na Somália
O apedrejamento foi ordenado pelo grupo Al Shabab, que domina parte do território somali e impõe uma interpretação radical da lei islâmica
O grupo jihadista Al Shabab condenou e apedrejou até a morte em praça pública uma mulher que foi acusada de casar com 11 homens. O episódio ocorreu nesta quarta-feira na cidade de Sablale, ao sul da Somália, segundo a imprensa local.
Um juiz do grupo jihadista condenou a mulher por por adultério, afirmando que ela se casou com dez homens enquanto ainda era casada com outro. A sentença foi de apedrejamento público, segundo o jornal local Hiiraan, que cita um comunicado do Al Shabab.
A execução aconteceu na região de Shabelle, onde o grupo tem muita influência e controle, e foi presenciada por centenas de moradores.
Foi a segunda execução de uma mulher por apedrejamento em menos de um ano. Em outubro de 2017, outra mulher, de 35 anos, foi condenada por adultério e apedrejada em uma cidade da região vizinha de Jubbada Dhexe.
O Al Shabab desenvolveu nas zonas somalis sob seu controle um sistema judicial próprio, que aplica uma visão radical, violenta, estrita e ultraconservadora do que consideram ser a lei islâmica.
A organização jihadista, filiada desde 2012 à rede internacional da Al Qaeda, controla parte do território no centro e no sul do país e aspira instaurar na Somália um estado islâmico de corte wahhabista – um movimento islâmico ultraconservador sunita.
A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando caiu o ditador Mohammed Siad Barre. Desde então, o país está sem governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas.
(Com EFE)