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Ataques na Somália deixam ao menos 11 mortos

Organização terrorista Al Shabab, filiada a Al Qaeda, recupera sua capacidade de perpetrar ataques de grandes proporções; ambulância com feridos foi atacada

Por Da redação
2 mar 2018, 21h16

Vários ataques realizados nesta sexta-feira na Somália pela organização jihadista Al Shabab deixaram pelo menos 11 mortos, a maioria deles soldados, informaram forças de segurança e de inteligência.

O primeiro dos atentados aconteceu na cidade de Balcad, cerca de 30 quilômetros ao norte da capital, Mogadíscio, quando terroristas tomaram o controle da área e da emissora de rádio local, libertaram todos os presos e destruíram os escritórios policiais e do governo, explicou o chefe da polícia da cidade vizinha de Jowhar, Hassan Dhicisow Hassan.

O governo enviou tropas de reforço para expulsar os terroristas da cidade. No entanto, os membros do Al Shabab prepararam uma emboscada contra as tropas burundinesas que se transferiam de Jowhar a Balcad, matando três soldados e causando um número ainda indeterminado de feridos.

Em Afgooye, cidade 30 quilômetros ao leste de Mogadíscio, um terrorista suicida se ateou fogo na entrada principal da base militar local, matando dois soldados e ferindo outros quatro.

Pouco depois, a ambulância que levava os feridos ao hospital de Mogadíscio passou sobre uma mina terrestre que explodiu e matou as seis pessoas no veículo, confirmou o subdiretor dos serviços de inteligência em Afgooye, Mujaladiin Abdi.

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A insurgência jihadista parece ter recuperado força nos últimos meses, especialmente após o atentado de 14 de outubro de 2017 em Mogadíscio, que deixou 512 mortos. Segundo analistas locais, os problemas internos do governo e seu distanciamento da cúpula do Exército permitiram ao Al Shabab recuperar sua capacidade de perpetrar ataques de grandes proporções.

No último dia 23 de fevereiro, um duplo atentado com bombas no palácio presidencial e na sede dos serviços de inteligência deixou pelo menos 45 mortos e 33 feridos.

A organização terrorista, que em 2012 se filiou à rede internacional da Al Qaeda, controla parte do território no centro e no sul do país e almeja ampliar o cerco contra a influência do “inimigo externo” no norte da África e impor na Somália um sistema de governo doutrinado pela sharia, o rígido cânone islâmico.

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A criação do Al Shabab se mistura com a história recente da Somália. Após a queda da ditadura militar de Siad Barre, em 1991, o país se dividiu em diversos territórios comandados por cortes islâmicas. A guerra civil se instaurou na região até uma aliança entre as cortes, batizada de União das Cortes Islâmicas (UIC), ser fundada para controlar a capital Mogadíscio, em 2006.

A devoção à sharia, contudo, acendeu o alerta dos Estados Unidos, que, preocupados com a possibilidade de a região se transformar em um terreno fértil para a Al Qaeda, apoiaram uma intervenção militar das tropas da Etiópia em favor de um governo de transição. Antes um braço armado da UIC, o Al Shabab recrutou cerca de 2.000 homens neste período e passou a agir de forma independente.

(Com EFE)

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