A tempestade tropical Hagupit perdeu força e passou na madrugada de terça-feira por Manila, a capital das Filipinas, sem provocar muitos estragos. Até o momento, a tempestade, que chegou a ser classificada como tufão antes de ser rebaixada, deixou pelo menos 27 mortos e provocou o deslocamento de 1,6 milhão de pessoas no país, segundo a Cruz Vermelha filipina.
O diretor da entidade, Richard Gordon, acredita que o número de vítimas vai aumentar, já que as equipes ainda não conseguiram acessar alguns lugares remotos do arquipélago filipino.
Por outro lado, o Conselho de Gestão e Redução de Risco de Desastres do país disse nesta terça-feira ter registrado apenas 11 mortos por causa do Hagupit.
A agência governamental indicou que mais de 2 milhões de pessoas foram diretamente afetadas pelo tufão, e que 1,6 milhão delas foram atendidas em centros de evacuação.
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O Hagupit perdeu força e se transformou em tempestade tropical na segunda-feira, de acordo com a Agência Meteorológica das Filipinas (Pagasa), já que seus ventos diminuíram de 105 para 45 km por hora.
As autoridades temiam que Manila, com 12 milhões de habitantes, fosse seriamente afetada pela tempestade e sofresse grandes inundações. No entanto, a Agência para o Desenvolvimento da Metrópole de Manila (MMDA, sigla em inglês) afirmou que a cidade sofreu danos mínimos.
O vice-prefeito de Manila relatou que não ocorreram mortes na capital e que os 13.000 evacuados já estão voltando para suas casas.
No entanto, o Ministério de Bem-estar Social e Desenvolvimento informou que, após uma primeira avaliação da região de Samar Oriental, na qual o Hagupit chegou com ventos de até 210 km/h, os danos materiais foram grandes.
“As informações que recebemos é que cerca de 13.000 casas de Samar Oriental ficaram completamente destruídas pelos ventos, e mais de 22.000 ficaram parcialmente danificadas”, explicou a ministra Dinky Soliman.
As Filipinas são atingidas todos os anos por entre 15 e 20 tufões. No ano passado, o Haiyan, um dos tufões mais fortes da história, arrasou as Filipinas e causou 6.300 mortes, prejudicando 14 milhões de pessoas.
(Com agência EFE)