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Suspensos catorze sacerdotes chilenos envolvidos em escândalo sexual

Religiosos participavam de uma sociedade que abusava de menores de idade

Por Da Redação
Atualizado em 23 Maio 2018, 17h07 - Publicado em 23 Maio 2018, 15h23

A diocese da cidade chilena de Rancagua, vizinha a Santiago, anunciou nesta terça-feira 22 a suspensão de catorze sacerdotes supostamente envolvidos em crimes de abuso sexual.

Em comunicado, a diocese informou a decisão depois da exibição de uma reportagem da rede de televisão Canal13, do Chile, sobre abusos sexuais e condutas impróprias por parte de um grupo de sacerdotes dessa cidade, situada 90 quilômetros ao sul de Santiago. Todos eles pertencem a uma confraria chamada “A Família”, segundo a reportagem.

De acordo com a reportagem da emissora, um padre denunciou a formação da “confraria” há dez anos. O grupo realizava atos sexuais “sem fazer distinção entre maiores e menores de idade”.

“Foram restringidos do ministério sacerdotal catorze sacerdotes. O que significa que há conhecimento, fundamentalmente pelo exposto pelos veículos de imprensa, que estes sacerdotes incorreram em ações que podem constituir crimes tanto no âmbito civil como canônico”, explicou o presbítero Marcelo Lorca no texto, falando em nome do bispo de Rancagua, Alejandro Goic.

Entre as determinações anunciadas foram adotadas “medidas tanto pastorais como judiciais”. Lorca advertiu, no entanto, que ainda não há antecedentes para que as ações dos sacerdotes suspensos sejam caracterizadas como crimes do ponto de vista jurídico.

O presbítero Lorca explicou que foi feita uma denúncia à procuradoria de cidade Santa Cruz com o antecedente proporcionado pelo canal de televisão e que serão acrescentados todos os antecedentes que a diocese colocar à disposição da Justiça.

O bispo de Rancagua, Alejandro Goic, admitiu ter recebido estas denúncias anteriormente, e pediu desculpas por não agir com “a agilidade adequada”.

O bispado de Rancagua lamentou os feitos denunciados e pediu à comunidade que forneça informações sobre este novo escândalo que envolve a Igreja chilena, já afetada por denúncias de encobrimentos por abusos sexuais que levaram 34 bispos chilenos a apresentar sua renúncia ante o papa Francisco no Vaticano na semana passada.

Desde 2000, oitenta padres foram denunciados no Chile por abusos sexuais.

Austrália

O arcebispo de Adelaide, na Austrália, Philip Wilson, anunciou nesta quarta-feira 23 que está se afastando do cargo temporariamente, um dia após ter sido considerado culpado por um tribunal por encobrir um padre pedófilo há mais de quarenta anos.

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“Se em qualquer momento parecer necessário ou apropriado tomar outras medidas formais, incluindo a renúncia da Arquidiocese, então eu farei isso”, disse Wilson, em comunicado. O religioso indicou que a sua decisão será implementada na próxima sexta-feira e que foi adotada após consultar sua equipe jurídica.

Ontem, o juiz Robert Stone, do tribunal de Newcastle, determinou que Wilson encobriu os abusos sexuais cometidos pelo falecido sacerdote James Fletcher na década de 70 por não ter relatado as denúncias das vítimas à polícia.

Wilson, de 67 anos, foi a autoridade em nível mais alto da Igreja Católica do mundo acusado de um crime de ocultação de abuso sexual de menores, enfrenta uma pena máxima de dois anos de prisão, cuja sentença será anunciada no dia 19 de junho.

O arcebispo foi acusado após uma vasta investigação policial que revelou vários casos de encobrimento de antigos e atuais clérigos da diocese de Maitland-Newcastle, no estado de Nova Gales do Sul.

(Com EFE e AFP)

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